Falta espaço para armazenar milho safrinha
A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem.
Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém" outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas. As vendas destes equipamentos na região cresceram 40%.
Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste – considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas na segunda safra de milho, a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada.
A dificuldade também ocorreu em Mato Grosso. De acordo com Jaime Binsfeld, diretor-comercial da Fiagril, parte da produção ficou alguns dias à céu aberto – mas esta foi a primeira a ser escoada, pois já estava vendida. "Os problemas foram resolvidos", assegura.
Segundo o coordenador da Câmara Setorial de Logística e Armazenagem da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Rodrigues Peralta, o atraso no plantio proporcionou o escalonamento da safra, diminuindo o impacto da falta de armazéns. Mas, de acordo com ele, aumentou o uso de silo-bolsa.
O supervisor Agrícola da Nortene, Jair Oliveira, diz que as vendas deste produto quadruplicaram nos últimos anos e a estimativa é que 1% da produção nacional esteja abrigada em silos-bolsas.
"Em cinco anos, serão 100 mil silos, equivalente a 18 milhões de toneladas. Pelas suas projeções, o Centro-Oeste deve ter atualmente 12 milhões de sacas (60 quilos) em silos-bolsa, com projeção de triplicar nesta safra.
Assessoria/MidiaNews