Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a falta do elemento químico durante a gravidez e a infância resulta em déficits neurológicos e psicológicos, diminuindo o "QI" de uma criança em 8 a 10 pontos.
O número de bebês sem quantidades adequadas da substância na dieta equivale a 14% de todos os recém-nascidos.
Anualmente, cerca de 19 milhões de bebês em todo o mundo correm o risco de sofrer danos cerebrais, que são permanentes, mas evitáveis.
O motivo é a falta de iodo nos primeiros anos de vida, que também pode causar reduções da função cognitiva.
É o que revela um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e seu parceiro, a Aliança Global de Melhor Nutrição (GAIN), divulgado no mês de março.
A pesquisa observa que a falta do elemento químico durante a gravidez e a infância resulta em déficits neurológicos e psicológicos, diminuindo o "QI" de uma criança em 8 a 10 pontos.
O número de bebês sem quantidades adequadas da substância na dieta equivale a 14% de todos os recém-nascidos.
"Os nutrientes que uma criança recebe nos primeiros anos de vida influenciam o desenvolvimento do cérebro para a vida toda e podem contribuir positivamente ou prejudicar a sua chance de um futuro próspero", disse o consultor sênior de nutrição do UNICEF, Roland Kupka.
"Protegendo e apoiando o desenvolvimento das crianças no início da vida, somos capazes de obter imensos resultados para elas ao longo do tempo", acrescentou o especialista.
Segundo Kupka, a iodação do sal é barata e economicamente benéfica, custando anualmente cerca de dez centavos de real por criança.
Para cada três reais gastos em iodação salina, o UNICEF estima um retorno médio de cem reais em ganhos associados ao aumento da capacidade cognitiva
O relatório "Futuros mais brilhantes: Protegendo o desenvolvimento inicial do cérebro através da iodização do sal" também aponta que mais 25% das crianças afetadas — cerca de 4,3 milhões — vivem no sul da Ásia.
A região, porém, possui a segunda maior taxa de iodação salina do mundo — 87% da população tem acesso a sal iodado.
Os primeiros dois anos de vida são os mais críticos para o desenvolvimento de uma criança. A nutrição, junto com proteção e atividades estimulantes, tais como brincadeiras e aprendizado precoce, definem o desenvolvimento do cérebro para a vida toda.