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sábado, novembro 23, 2024

Experiências do Ensino Médio na Argentina é debatido no Congresso Ibero-Americano da Unesc

“Algo de errado estava acontecendo. Seria culpa dos alunos? Falta de acompanhamento dos Pais? Porque não estava funcionando o formato do Ensino Médio no país? A culpa era do sistema”. A professora Myriam Southwell, da Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales trouxe para o Congresso Ibero-Americano da Unesc, as reformas desenvolvidas no Ensino Médio na Argentina.

Segundo Myriam, a aplicação do novo sistema trouxe mudanças significativas para o país. Na Argentina são aplicados dois modelos, um para área urbana e outro para a área rural. “É um modo de poder receber. “Chegaram à conclusão que havia uma necessidade de estender as escolas que já existiam, pensando em possibilidades que se desenvolvesse o direito de educação para todos. O formato das escolas era um obstáculo para universaliza-las, dentro deste contexto, a preocupação foi pensar em um outro tipo de formato”, comentou.

Dentre as mudanças desenvolvidas no sistema estão a possibilidade de horários mais flexíveis para aqueles que necessitam estudar e trabalhar, oportunidade de entrar na escola em qualquer época do ano, além de não necessitar repetir todo o currículo anual se o estudante rodou em apenas uma matéria. Ele pode continuar o próximo ano e apenas repetir a matéria que não alcançou a nota. No Brasil, por exemplo, se o aluno não atinge todas as notas em uma disciplina, ele precisa repetir o ano por completo. “A mudança já é visível, nossos jovens efetivamente estão na escola. Trabalhar e ir para aula não é um problema, pais e mães também conseguem assistir às aulas”, completou.

Da mesa de debate, também participaram os professores Censo João Ferretti, da Unicamp, e Sandra Regina de Oliveira Garcia, da UEL.

Congresso Ibero-Americano

O 3º Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação: Produção e democratização do conhecimento na Ibero América reúne pesquisadores, docentes e estudantes no campus na Unesc. Além das palestras, o evento promove mais de 50 minicursos para trocas de conhecimentos, sobre comunicação, saúde, criatividade, família e outros diversos assuntos.

Com mais de mil inscritos, na manhã do primeiro dia do evento já circularam pelo campus pesquisadores da UFRJ, UFSC, Udesc e outras instituições de Ensino Superior de dentro e de fora do Brasil.

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