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segunda-feira, novembro 25, 2024

Evento da UFR vai debater Negruras Acadêmicas e Saberes Ancestrais

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) “Estamira Gomes de Sousa”, da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), abre hoje (03) o I Congresso Negruras Acadêmicas e Saberes Ancestrais e o I Curso para Comissões de Heteroidentificação da UFR. O evento seguirá até a proxima quinta-feira (05) e é aberto ao público.

O Congresso tem como objetivo apresentar o núcleo e os propósitos que orientam suas ações, estudos, pesquisas e escritos de seus membros, em particular o combate ao racismo antinegro e antiindígena em Rondonópolis e no Brasil. Os organizadores querem afirmar a importância de observar e propor ações que visem efetivar o cumprimento das leis nº10.639/03 e 11.645/08 no que tange aos conteúdos, referenciais e metodologias nas disciplinas e cursos da UFR.

Concomitantemente, o NEABI realizará o I Curso para as Comissões de Heteroidentificação da UFR, que contará com palestrantes renomados do estado e do Brasil.

Estas comissões, entre diversas funções, verificam documentações apresentadas por candidatos que concorrem à vagas de ações afirmativas em concursos e processos seletivos públicos diversos, conforme estabelecido pela legislação pertinente, com o intuito de que as populações historicamente vitimadas pelo crime de racismo e outras discriminações sejam de fato contempladas.

O NEABI também pretende acompanhar a implantação de políticas de ações afirmativas na UFR, afirmando o compromisso e a caminhada conjunta e fraterna com os movimentos sociais negros e indígenas no combate permanente às desigualdades sócioraciais brasileiras.

No último dia do evento, será assinado um termo de colaboração entre o NEABI/UFR e o Ministério Público Estadual para o desenvolvimento do projeto intitulado I Concurso Estadual – Por Um Grito, Eu Canto: Alternativas Socioambientais para Rondonópolis.

Coordenado pela professora Priscila de Oliveira Xavier Scudder, gerente do NEABI, o projeto nasceu da observação coletiva de problemas socioambientais da cidade e da região debatidos em reuniões entre membros do núcleo e o promotor Ari Madeira Costa, mestre e pesquisador formado pela universidade.

Além das conferências, haverá espaços onde artesãos negros e indígenas de Rondonópolis, Cuiabá e do Distrito Federal exporão seus trabalhos e uma programação cultural de artistas locais com apresentação especial do Povo Boé-Bororo/Aldeia Tadarimana.

 

Da Redação (com Assessoria)

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