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domingo, novembro 24, 2024

ESPAÇO ABERTO GILSON LUSTOSA DE LIRA

Escritor, professor,esportista, natural de Natal, Rio Grande do Norte, nascido em 7 de março de 1.948, filho de João Bezerra de Lyra e Maria José Lustosa de Lira (ambos falecidos). Aos 2 anos de idade, seus pais mudaram-se para a cidade de Cachoeiras de Macacu no Estado do Rio de Janeiro, onde estudou o ensino fundamental no Grupo Escolar “Quintino Bocaiúva” e o ensino médio (técnico em contabilidade) no Colégio Carlos Brandão(CNEC). Concluiu Estudos Sociais na UFMT, Licenciatura Plena em História e Filosofia na APEC (SP) e fez Pós-graduação em História e Filosofia na UFMT.

Jornal Folha Regional; Esportista, poeta, escritor, ex-diretor de escola estadual, quando você descobriu que tinha talento para a criatividade e vocações para a literatura e o esporte?

Gilson Lira; Já desde a 6ª série no ensino fundamental eu produzia os meus versos. Quando a professora de Língua Portuguesa passava uma redação, eu pedia para fazer uma poesia. Entretanto, somente quando comecei a jogar futebol profissional comecei a compor os meus textos poéticos, aproveitando o tempo em que ficava nas concentrações. Assim em 1.979 lancei o seu 1º livro intitulado “Participação Literária” de Crônicas e Pensamentos. E aí não mais parei.

JFR; Fale um pouco sobre a sua segunda e grande paixão, o futebol, quando começou?

Gilson Lira; Comecei aos 12 anos em Cachoeiras de Macacu, atuei no Cachoeirense, 11 Unidos, Ipê e Independente. Posteriormente atuei em Bom Jardim e Nova Friburgo, de onde fui para o Fluminense e Bangu do Rio de Janeiro nas divisões de base, aspirantes e alguns jogos na equipe principal do Bangu até 1.968. A partir daí tive passagens pelo Grêmio de Maringá (PR), Náutico (PE), Galícia (BA), ABC (RN), Grêmio Anapolino (GO), Operário (MT), Comercial (MS) e União (MT). Aqui em Mato Grosso atuei com mais intensamente, cheguei em 1.973 e joguei até 1.980 quando encerrei a minha carreira no União E. C. de Rondonópolis. Aqui em Mato Grosso conquistei 13 títulos, sendo 7 pelo Operário (Campeão Estadual(73), Bi-campeão da Copa Cuiabá(73/74), Campeão do Centro-Oeste(74), Campeão dos Torneios Ranulpho Paes de Barros, Semana da Pátria e Agripino Bonilha(73/74); e 3 títulos no Comercial (Campeão do Torneio Incentivo(77), Torneio Marcelo Miranda(77) e Taça Campo Grande(78); e 3 títulos no União (Campeão Invicto do Torneio Incentivo 75/76/79). Marquei em Mato Grosso 285 gols, sendo 199 pelo União (sou o maior artilheiro na história do futebol mato-grossense), 41 pelo Operário e 45 pelo Comercial. Fui artilheiro também do Campeonato mato-grossense em 1.973/1.975/1.976 e 1.979. Fui recordista de gols com 23 marcados numa única temporada e até hoje não ultrapassado. Bi-artilheiro no Torneio Incentivo em 1.976/1.979.

JFR; Você deixou uma grande contribuição na educação carioca e mato-grossense, por onde começou?

Gilson Lira; Fui professor de História, Filosofia e Língua Portuguesa, atuei no Colégio Carlos Brandão em Cachoeiras de Macacu (Professor de Contabilidade Geral e Bancária), E.E. Fernando Leite de Campos e EE Licínio Monteiro em Várzea Grande (MT), EE La Salle, 13 de Junho, EE Santo Antônio e EE Marechal Dutra, todos em Rondonópolis, MT. No Dutra trabalhei 27 anos dos quais em 11 fui Diretor. Aposentei-me com 31 anos dedicados à Educação em 1º de agosto de 2.003.
JFR; O rádio mato-grossense também teve o privilégio de contar com você que liderou uma grande audiência radiofônica como narrador e apresentador esportivo. Fale sobre esse momento;

Gilson Lira; Após encerrar a minha carreira no futebol em 1.980, passei a trabalhar na Rádio Juventude de Rondonópolis como comentarista esportivo e posteriormente como Narrador, sendo cognominado “O Microfone Artilheiro” do futebol brasileiro. Atuei também na Rádio Clube, Tropical Fm e fui Apresentador de um programa esportivo na TV Gazeta.
Fui também coordenador do Programa Segundo Tempo Comunidade na Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer. Atualmente, além de visitar as escolas da rede pública de ensino divulgando os meus livros, continuo atuando como narrador esportivo na Rádio Amorim Juventude FM, 104.9.
JFR; Para encerrarmos a entrevista, como você analisa o futebol de ontem, e o de hoje especialmente nos itens preparação e qualidade dos profissionais que estarão em ação nesta Copa do mundo no Brasil?
Gilson Lira; Infelizmente estamos vivendo momentos difíceis, onde os valores morais, e éticos são muitas vezes deixados de lado. Hoje há uma inversão dos valores pessoais. Hoje instalou-se a banalização da vida infelizmente. Quanto Copa do Mundo, digo que o técnico Felipão sabe muito bem o que está fazendo, consegue conciliar, e dosar o status de pai e de xerifão ao mesmo tempo. Transmite uma credibilidade, e isso é fundamental para a estabilidade e harmonia do grupo. Desta forma; Viva a Copa de 2014 !!! “O time de Luis Felipe Escolari está preparado não vejo a mínima possibilidade de acontecer o que aconteceu no Maracanã em 1950.” Naquela ocasião o Brasil perdeu para o Uruguai é mínima. Ou seja o Brasil dificilmente perde essa Copa.
JFR; Agradecemos pela entrevista.

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