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quinta-feira, novembro 21, 2024

Espaço Aberto com Léo Rabelo – Do sonho da infância pobre em Araguari, a empresário bem sucedido em Rondonópolis.

Leonildo Rabelo Machado, tradicional e destacado empresário no ramo da panificação, muito bem sucedido em suas atividades, tem como característica pessoal a valorização do ser humano e uma consideração muito especial, não só pelos seus familiares, mas também pelos seus clientes e amigos. Vamos conhecer um pouco mais da trajetória de vida do querido empresário Léo Rabelo. 

Jornal Folha Regional: Em que cidade nasceu Léo Rabelo, e como foi a sua infância?

Léo: Eu nasci na cidade de Araguari, no Estado de Minas Gerais no triangulo mineiro, a minha infância foi muito humilde, porque não dizer pobre. Naquela época os pais eram muito rigorosos nós queríamos vencer, mas a situação era complicada nós não tínhamos nem condições para estudar tudo era muito difícil. Mas de certa forma nós brincávamos tivemos uma infância sadia, íamos para rio pescar lambari a criançada daquela época ainda caçava passarinho com os chamados estilingues, brincávamos de pique esconde. Nós éramos muito pobres,  mas de certa forma as dificuldades eram amenizadas e acima de tudo pela grande amizade que tínhamos e sempre tivemos entre irmãos.

JFR: Como era a composição da sua família?

Léo: Meus saudosos pais Odilon Alves Rabelo e Ernestina Cândida de Jesus  tiveram 12 filhos, atualmente 5 são falecidos 7 estão vivos alguns moram em Rondonópolis, outros moram em outras localidades. Meu pai foi dono de serraria, era um incansável trabalhador lutou muito para que não faltasse nada para os filhos, foi agricultor, comerciante inclusive dono de padaria, ele foi um grande guerreiro.  A nossa família sempre lutou para concretizar os seus objetivos.

JFR: Como foi o seu período escolar, qual era o seu sonho de infância?

Léo: As dificuldades eram tantas que nós pegávamos uma folha de papel, escrevia a lição e depois tínhamos que apagar para escrever outras que viriam no dia seguinte. Como disse a minha infância foi de grande pobreza, que era amenizada pela amizade entre os irmãos. Não tínhamos calçado para ir a escola, eu fiz o primário, como se diz “na raça” e agradeço o apoio dos meus irmãos mais velhos que eram também de certa forma enérgicos e queria que eu estudasse. Nós sentíamos vergonha de ir a escola porque não tínhamos nem roupa para vestir. O meu sonho de infância era vencer na vida para ter alguma coisa, e Deus foi tão misericordioso comigo que tudo que eu pedi ele me deu em dobro.

JFR: Fale um pouco sobre a mudança dos seus pais para ao Estado de Goiás?

 Léo Rabelo: Aconteceu na década de 60 momento em que eu trabalhei com o meu pai na cidade de Catalão, naquela época os meus irmãos também viraram padeiros, através deles eu fui presidente de padaria. Como eu não tinha condição de estudar eu era obrigado a aprender uma profissão eu tinha a obrigação para vencer na vida. Graças a Deus eu me saí bem no ramo.

JFR: Como você conheceu  Rondonópolis, havia algum parente residindo aqui?

Léo Rabelo: Cheguei em Rondonópolis no ano de 1977  foi quando eu comecei o namoro com a Luzia, ela veio comigo de lá, nos começamos a namorar dentro de uma padaria, ela era balconista e eu mestre da padaria. O irmão dela já morava aqui, naquela ocasião tinha a Padaria São José, o proprietário estava muito cansado e queria alugar o comércio. Aluguei a Padaria São José e de lá para cá eu fui crescendo. Tudo que eu ganhei e ganho aqui faço questão de investir nesta querida cidade, continuo gerando emprego, desta forma eu  conheci Rondonópolis.     

JFR: Você se lembra de algumas pessoas que naquela época  em 1977 começavam a vida empresarial em Rondonópolis?

Léo Rabelo: Tenho nesta cidade grandes amigos que hoje também são vencedores, quando eu cheguei aqui esses amigos que  vou citar lutavam para crescer com a cidade, e passaram também por grandes provações, e eram de certa forma muito pobres igual a mim: Antônio Carlos da Moto Campo, o Luizão da Agro ferragens, o Júlio da Flamboyan, o meu compadre Galeno do Jean Piaget, Israel Rolamento todos trabalhavam com o objetivo de ver a cidade crescer, para que eles pudessem crescer junto com a cidade gerando empregos para dar mais qualidade de vida para a população desta cidade. Tive também grandes amigos que já se foram, o Quidu, o Toninho o senhor Lau pai do Luizão, eu era muito novo e eu recebi deles muitos conselhos que me ajudaram na vida.

JFR: Fale um pouco sobre a família do Léo Rabelo, e foi o seu casamento?

Léo:  Eu amo esta cidade, aqui formei minha família, criei os meus filhos 2 filhos, o Vado, mais conhecido por Negão Vado, o Juninho que canta com o Miguel, Carlinhos  eu considero como filho e o  Antonione. São 42 anos de casado com Luzia Goulart Rabelo, 44 anos vivendo juntos. Tenho os meus maravilhosos netos o Leozinho Neto o mais novo, o Miguel e a Letícia. Quando nos éramos solteiros ainda ela veio comigo, o irmão dela já morava aqui. Logo tivemos um filho embora ainda não casados de fato, surgiu a minha preocupação quanto ao sustento da família que se iniciava. Foi aí que eu queria vencer na vida isso me deu forças. E quando eu casei eu estrava trabalhando eu fui de avental sujo de farinha no Cartório, depois fui para a igreja de avental os meus padrinhos foram a Jane Eliza e o Luizão da Agro ferragem, foram muitos risos mas graças a Deus foi maravilhoso.

JFR: Valeu a pena acreditar na cidade?

Léo:  Foi a melhor atitude que eu tomei na minha vida vindo para Rondonópolis, aqui eu cresci com ela, tenho 3 a 4 mil metros quadrados de construção dentro de Rondonópolis, para quem chegou aqui sem nada e hoje conquistou muitas coisas, me sinto feliz. Eu penso que ajudei e estou  ajudando a construir esta cidade. Sem sombra de dúvidas valeu a pena. Hoje nós temos 18 funcionários na padaria ao todo, e a família que trabalha no setor. Na área da construção, que eu estou sempre atuante tenho 6 funcionários diretos nessa função.

JFR: Para finalizar quais as suas expectativas  para o próximo ano, e a quem você gostaria de agradecer por ter te ajudado em algum momento da sua vida?

Léo: Inicialmente quero parabenizar essa cidade pelos 66 anos de emancipação política administrativa. Vou deixar aqui a minha opinião como cidadão, penso que sempre entrem na politica aqueles que amam Rondonópolis, e que são apaixonados por esta cidade, e sem interesses pessoais, principalmente as pessoas empreendedoras. Não sei se entrarei para concorrer a vereador, se der certo quero ajudar o prefeito.  Uma das pessoas que eu tenho muita gratidão é o saudoso Alberto Luz que tinha a Padaria Santa Terezinha, agradeço ao saudoso Melado e a todos que eu citei no inicio da conversa tenho gratidão por todos eles. Muito grato.

 

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