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quinta-feira, novembro 21, 2024

Espaço Aberto com Francisco de Assis Farias – Do trabalho na roça em Poxoréo, as atuações na construção civil e liderança comunitária ao Corpo de Bombeiros Militar

Disciplina e vocação para o militarismo sempre estiveram presentes na trajetória de vida do  cidadão que todos conhecem em nossa cidade pelo sobre nome Assis, nome de guerra como se diz costumeiramente no jargão militar. Vamos conhecer um pouco mais sobre a sua caminhada na vida e sua influência natural em cargos de liderança na cidade de Rondonópolis e na região.

Jornal Folha Regional: Qual a sua naturalidade, e como foram os seus momentos na infância?

Assis: Eu sou natural de Poxoréo, nasci no distrito de Alto Coité, os meus pais Alcides Silveira Farias, trabalhador rural na Fazenda Sangradozinho pertencente ao senhor João Ribeiro Vilela. Meu pai era vaqueiro de profissão, minha mãe Maria Rodrigues Silveira era do lar e cuidava dos 11 filhos: Maria José, Ademar, Maria de Lourdes, João Batista, (hoje capitão da PM), eu Assis, Mário (saudoso), Antônio Oliveira (3º. Sargento PM) aposentado, Ana Maria, Sebastiana, Roldão o mais novo dos homens, e Maria Divina. A minha infância foi sempre dedicada ao trabalho na roça para ajudar os meus pais e meus irmãos. Não tivemos lazer o nosso lazer foi o trabalho.

JFR: Você saiu da fazenda e houve uma mudança, fale um pouco sobre esse momento?

Assis: Eu fiquei na fazenda até aos meus  11 anos de idade, depois meus pais mudaram para localidade chamada Rio da Casca nas imediações de Chapada dos Guimarães. Lá em Rio da Casca aos 12 anos eu comecei a frequentar a escola conclui o terceiro ano primário, e continue trabalhando em serviços braçal nas roças daquela região. Aos 18 anos de idade eu mudei para a capital Cuiabá onde estudei mais 2 anos, e comecei a trabalhar na construção civil na função de armador de ferragens. Posteriormente eu levei meus pais, meus tios e os meus avós a família inteira para Cuiabá.

JFR: Quando foi o seu ingresso no Bombeiros Militar?

Assis: Eu tinha feito alguns cursos, e em maio de 1981 eu entrei no Corpo de Bombeiros, naquela ocasião cerca de 100 jovens fizeram o curso de Soldado Bombeiro, inclusive eu que também fui aprovado. Os meus irmãos já eram militares do Corpo de Bombeiros dentre eles o meu irmão mais velho o Ademar e o João Batista ambos já tinham a patente de Sargento. Em julho de 1982 eu vim transferido para Rondonópolis para compor a primeira guarnição dos Bombeiros, e o meu irmão Sargento Batista já era o comandante desta guarnição. Nós éramos subordinados ao Comando do 4º. Batalhão, que naquele tempo era a 5ª. Companhia de Polícia. Eu permaneci na função até 1989 quando resolvi pedir baixa do Corpo de Bombeiros, eu estava descontente os salários atrasavam muito e  estavam defasados, a escala de serviço era muito apertada era 24 por 24, na verdade eu me estressei e pedi baixa. Sempre tive um ótimo comportamento. 

JFR: Depois desse período quais foram as suas atividades? 

Assis: Voltei a trabalhar na construção civil, posteriormente exerci alguns cargos de confiança no Estado de Mato Grosso, fui chefe de Divisão e Operação no DVOP, prestei serviço na SEMA como fiscal ambiental, tempos depois fui nomeado subdiretor  do Presídio da Mata Grande mais precisamente no mês de agosto de2001 e lá permaneci até fevereiro de 2003, quando na troca de governador fui exonerado. Em maio de 2005 eu voltei para o sistema prisional da Cadeia de Primavera do Leste, onde eu fiquei durante dois anos e meio. Saí da direção da cadeia e voltei para Rondonópolis.

 JFR: Como foi o seu retorno a Rondonópolis, você tinha novas perspectivas? 

Assis: Primeiramente, esta é a cidade que eu adotei  criei a minha família aqui, tenho meus filhos meus netos, e aqui sempre temos boas perspectivas. Lá em Primavera do Leste eu aprovei bem o tempo e fiz o Curso Normal Superior – Pedagogia Infantil, e aqui em Rondonópolis fui um dos monitores quando o governo do estado ofereceu o curso pré-vestibular em duas etapas onde eu fui monitor de sala de aula. Nos dias de hoje eu estou trabalhando como motorista de taxi auxiliar. 

JFR: Você milita também no movimento comunitário, fale sobre essa sua atuação: 

Assis: Eu atuo no movimento comunitário de 1978, sou presidente do bairro Marechal Rondon, sou um dos pioneiros da fundação da FEMAB –Federação Matogrossense  das Associações de Bairros, participei da primeira eleição da diretoria da instituição. O movimento comunitário começou o êxodo rural, as pessoas saíram do campo para a cidade, eu participei desse momento na organização e busca pelo reconhecimento do poder público, novos núcleos de bairros surgiram em todo o estado e nos buscávamos uma infraestrutura para essas comunidades dos novos bairros que iam surgindo, na abertura de ruas, extensão de redes de agua e eletricidade, no setor da saúde ainda na havia os PSFS. Sou um dos apoiadores da URAMB, em especial na sua refundação, quando a entidade teve uma interferência jurídica e passava por uma crise. Fizemos um grande encontro de presidentes de bairros na Vila Paulista na residência do senhor Pedro Garimpeiro onde participaram vereadores e secretários do município, na época o prefeito era o saudoso Barreto. Naquele momento formamos uma comissão afim de que as autoridades nos atendesse, e deu tudo certo. Falamos com o Juiz para liberasse a URAMB daquela intervenção jurídica e assim foi feito, conseguimos também uma área através do deputado Augustinho, com o deputado Welington conseguimos o recurso para construir a sede da URAMB e veio recurso para construir mais um centro de geração de emprego e renda.

JFR: Qual a perspectiva do cidadão Assis na política?

Assis: Eu já fui candidato a vereador em 2004 pelo (PP) não fiz campanha por uma série de motivos, eu ia renunciar a candidatura mas os amigos não deixaram. Tive 119 votos ajudei na legenda, a minha perspectiva para 2020 é de ser candidato a vereador.

JFR: Desde já agradecemos a sua preciosa atenção para com a nossa reportagem, e como de praxe fazemos as duas ultimas perguntas:  O que representa a família, e a quem você gostaria de agradecer?

Assis: A família é a célula da sociedade, uma sociedade sem família não existe, a família direciona os passos das crianças para que estudem e se formem e sejam bons cidadãos e cidadãs de bem, profissionais liberais, pessoas que vão assumindo postos importantes do município.  Nos meus agradecimento eu quero ressaltar aqui a pessoa do Dr. Rogério Salles, que depositou confiança em mim e me nomeou para alguns cargos público, eu agradeço a ele. Agradeço também a minha família a minha esposa Alexandrina Laura Farias, as minhas filhas Élica Laura Farias e Elaine Laura Farias, aos meus netos Érique, Gustavo, Alexandre, Luiz Antônio, Kesia, Estevão e Guilherme, muito grato a todos. 

 

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