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sábado, novembro 30, 2024

Escola investe em conscientização para despertar o papel de protetores da água nas crianças

Sob o pseudônimo de Clark Kent, o pequeno Daniel, de quatro anos, caminha pela escola munido de sua capa do Superman. O motivo é importante e heroico: ele e as demais crianças do Educandário Jardim das Goiabeiras (com idades entre 2 e 5 anos) são participantes de diversas atividades educativas voltadas ao processo de conscientização sobre temas que envolvem o “Dia Mundial da Água”, celebrado nesta quarta-feira (22).

Da história da gotinha "Plim Plim" à produção de trabalhos que simulam rios limpos (e os poluídos também), os professores demonstram aos alunos como a preservação e o uso sustentável dos recursos naturais é a chave para uma convivência harmônica na Terra. A ideia é apostar em recursos lúdicos para formar crianças que serão cuidadoras do planeta – e, com isso, preparar futuros líderes que multipliquem a mensagem.

"Por meio de várias atividades, que não se restringem à semana da água, buscamos conscientizá-los quanto a importância fundamental que a água tem na vida deles – inclusive, para o funcionamento do corpo humano. O conteúdo é assimilado de maneira interdisciplinar e lúdica ao ressaltar aspectos da vida em sociedade – unindo cognição com a qualidade social da educação", explica a bióloga do Jardim das Goiabeiras, Juliana Barros.

Se a história infantil trouxe a essência do tema, as cores e desenhos dos seres da natureza deram forma e os exercícios físicos promoveram a assimilação do movimento das águas – já o contato real foi realizado no mini-parque aquático da escola. Das atividades surgiram lições que ultrapassam o ambiente escolar e também valem para suas casas.

De acordo com a psicopedagoga Ivete Ferreira, sensibilizar as crianças em relação ao tema é investir em sementes que irão germinar novas relações com a natureza no futuro.

"Ao aprenderem sobre os lados positivos e negativos das ações do homem no meio ambiente, eles assimilam que as nossas atitudes são muito importantes – desde o consumo consciente até a necessidade de se preservar os recursos hídricos. Eles compreendem e revertem os ensinamentos em práticas. Isto passa por muitas questões básicas do cotidiano como, por exemplo, não deixar o bebedouro aberto, tomar banhos mais rápidos, só colocar no copo a quantidade de água que for ingerir, entre outras atitudes", ressalta Ivete.

CONSCIENTIZAÇÃO – Para muitas pessoas, o ato de abrir a torneira e encontrar água todos os dias é algo tão corriqueiro que parece difícil imaginar uma vida diferente. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 1 bilhão de pessoas carecem de acesso adequado à água – como em ligações domésticas, fontes públicas, fossos, poços e nascentes protegidas, além da coleta da água da chuva. Ou seja, não têm à disposição pelo menos 20 litros diários de água a uma distância de até um quilômetro.

A previsão é de que, até 2030, a demanda por água no mundo aumente em 50%. Ao mesmo tempo, mais de 80% do esgoto produzido pelas pessoas volta à natureza sem ser tratado

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