Educar não é uma tarefa fácil, na sociedade atual, conhecida também como sociedade do conhecimento, não bastar educar para a “simples” utilização de ferramentas tecnológicas. Embora seja importante o manuseio adequado e a compreensão, são inúmeras as possibilidades oferecidas nesse quesito a escola plena tem uma proposta inovadora e humanística. Temos uma educação voltada em vários pilares e destaco o Aprender a aprender pois há a necessidade de uma via dupla de conhecimento e relações interpessoais nesse contexto, é ter a visão de que o conhecimento ele pode ser alicerçado com o protagonismo juvenil, tomar as rédeas do seu próprio processo de ensino aprendizado. Como mediadora de mentes que se iluminam com cada descoberta, vislumbro o futuro promissor de uma educação com mais qualidade e com novos desafios que fazem parte do nosso cotidiano escolar.
Em tantas rodas de conversa pós-aula com os alunos vejo a esperança de um novo caminho se desenhando, para eles ser plenos significa pensar em novos paradigmas, uma complexidade e exigências antes não requeridas na educação. O conceito clássico de sala de aula delimitado com interações apenas em um único espaço entre professor e alunos, vai se tornando obsoleto, as inovações são reais e transformam o ambiente escolar, criam novas formas de aprendizagem.
Quem nunca quis uma aula em que pudesse sair de sua zona de conforto e extrair o melhor de si mesmo, essa incorporação aos ambientes provoca um processo de mudança contínuo e veloz.
Um dos exemplos gratificantes nessa caminhada é a construção do respeito mútuo ao se trabalhar de forma coletiva, em uma atividade biológica com os 1º anos que retratava os Biomas, esses alunos protagonistas de sua educação tiveram que se unir para realizar um trabalho que envolvia cooperação, idéias e responsabilidade e o resultado foi espetacular, foi efetivo ao demonstrarem que após o trabalho realizado eles aprenderam a se respeitar mais, o que antes não ocorria.
Sim eles estão caminhando e de forma contínua essa geração precisa protagonizar e desenvolver as aprendizagens que os capacitem aos mergulhos reflexivos para a construção do Ser – o ser cognoscente: um aprendiz que conhece sua dinâmica existencial e compreende, respeita e atua, adequadamente, em seu mundo.
Esse é o desafio na minha visão da Escola Plena: provocar as aprendizagens que humanizem e promovam a adequada inserção social, entender os limites e as conquistas dessa geração que é conectada, mas impaciente; hiperativa, com atenção em construção; que tende as multitarefas; que vive no senso de urgência, aprenderem a compreender que ampliar a jornada escolar possibilita construir alternativas de qualidade do ensino, que ele tem a oportunidade que seus pais não tiveram em poder obter um currículo diversificado que contribui na formação integral do futuro cidadão que ele almeja ser.
Professora da Rede Estadual de Educação – Escola Plena André A. Maggi Vanessa Giuliana de Oliveira