Aproximadamente 15.500 idosos vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) este ano. O número de inscritos com 60 anos ou mais cresce anualmente e é 42% maior que o do ano passado. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2013 esses inscritos somaram 10.900. Em 2009, foram 4.700 idosos. O Enem é a porta de entrada para instituições de ensino superior e técnico, além do financiamento estudantil e intercâmbio acadêmico. Neste ano, as provas serão aplicadas nos dias 8 e 9 de novembro. Mais de 8,7 milhões de pessoas se inscreveram.
"O aumento de idosos está sendo identificado em várias instituições de ensino superior. São pessoas aposentadas, que por vezes já têm diploma de ensino superior e buscam outros cursos. Procuram uma mudança de carreira ou a realização de um sonho”, diz o superintendente-geral de Educação a Distância do Centro Universitário Iesb, em Brasília, Francisco Boelho.
Segundo Botelho, muitos procuram cursos à distância em função da comodidade. Caso do engenheiro agrônomo aposentado Tarcisio Siqueira, de 75 anos. Depois de aposentado, decidiu estudar engenharia civil à distância. "O nível de entendimento daquilo que é repassado, de compreensão e assimilação é diferente”, compara a segunda com a primeira graduação, concluída quando tinha pouco menos de 30 anos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem atualmente 26,3 milhões de idosos, número que representa 13% da população. A expectativa é que esse percentual aumente e que em 2060 chegue a 34%, segundo previsão do próprio IBGE.