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sábado, novembro 23, 2024

Em Rondonópolis, secretário garante atender reivindicações do Sintep

O secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Marco Marrafon, se reuniu com um grupo de aproximadamente 350 pessoas em Rondonópolis, entre diretores, professores, assessores pedagógicos, secretários escolares e representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), nesta quinta-feira (21.07). O objetivo foi conversar com a comunidade local sobre as propostas para melhoria da Educação no Estado.

A reunião foi realizada no período da manhã auditório da Escola Estadual Sagrado Coração. De tarde, Marrafon visitou algumas unidades escolares e à noite se reuniu com outro grupo, de pais e alunos na Escola Estadual Ramiro Bernardo da Silva. “Foi uma oportunidade produtiva. As divergências fazem parte do crescimento e ajudam a encontrar o melhor caminho, uma vez que os objetivos aqui são comuns. Na medida em que o processo começar a andar terei mais disponibilidade para vir até vocês e conversar”, declarou o secretário, explicando as ações propostas pela Seduc.

Marrafon elencou os avanços que o Governo do Estado já manteve com os educadores, em relação as Parcerias Público Privada (PPPs), o concurso público para todos os cargos da educação e o salário dos servidores, que envolve o Reajuste Geral Anual (RGA) e o aumento do poder de compra. “Já restringimos a PPP à estrutura física, hidráulica e equipamentos, suspendemos todos os pontos divergentes. A gestão continua sendo como sempre foi. Está tudo cristalino na última proposta que apresentamos ao Sintep”, lembrou.

De acordo com ele, a Seduc anunciou a realização do concurso com vagas para todos os cargos. “A pauta tinha sido aceita. Então, chegamos ao limite”, frisou o secretário, propondo que a categoria suspenda a greve.

Entendimento

O professor Moisés Soares Sampaio cobrou mais discussão sobre custos das PPPs. “Quanto custará para o estado? Tenho receio de que o retorno do investimento com esse modelo seja menor do que nos moldes aplicados atualmente de construção. Não sou favorável à greve. Também tenho filhos que agora estão em casa, sem fazer nada, poderiam estar na escola. Mas sou favorável à reposição do RGA, então um motivo está vinculado ao outro e sei que os estudantes são penalizados com isso”, frisou.

O secretário garantiu que o investimento será menor do que atualmente o Estado paga, e que o modelo de PPP é mais econômico. Revelou ainda que atualmente o Estado gasta muito com aluguéis de 44 escolas, 18 assessorias pedagógicas e três Cefapros. “O dinheiro de aluguel não tem retorno e a PPP funciona como um sistema de financiamento de imóvel. O Governo vai pagando por um certo período e depois do tempo contratual há a quitação e o bem é definitivamente do Estado”.

Sobre o RGA Marrafon explicou que o Governo concedeu reajuste salarial de 14,36% aos professores da rede pública estadual este ano. Esse percentual é referente ao reajuste previsto na lei de carreira, que é de 7%, e mais 7,36% do RGA aprovado pela Assembleia Legislativa.

O professor Adão Hipólito disse que as escolas da atualidade não são como há 30 anos. “Precisamos oferecer condições técnicas urgentes para encantar esses alunos, caso contrário vamos perder. Salas atrativas, com equipamentos eletrônicos como um televisor grande para que o professor mostre os conteúdos, inove nas apresentações para prender a atenção. Precisa ser pensada uma reforma a fundo, senão não haverá melhoras”, declarou.

Sobre isso, Marrafon pontuou ser prioridade dentre as ações previstas para os próximos dois anos e meio de gestão o investimento em inovação e tecnologia.

“Muitos alunos e professores não querem a greve. Os alunos precisam das aulas. O secretário veio aqui e esclareceu tudo, inclusive sobre as PPPs. Só não entende quem não quer. Então, parem com essa greve”, argumentou a presidente da União Municipal de Estudantes Secundaristas (Umes), Kawana Almeida da Silva.

Fonte:FolhaMax.

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