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domingo, novembro 24, 2024

Em reunião do G20, Lula defenderá o fim dos paraísos fiscais

BRASÍLIA – Na reunião do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá defender a eliminação dos paraísos fiscais, segundo informou o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. De acordo com Baumbach, o Brasil entende que o objetivo prioritário da cúpula deve ser o de produzir compromissos fortes de respostas coordenadas a crise. A reunião do G20 acontecerá em Londres, no próximo dia 2 de abril.
"O presidente apoiará o fortalecimento da regulação e supervisão de todas as áreas, produtos e instituições financeiras com a supressão de lacunas regulatórias e de paraísos fiscais. O presidente acredita que os paraísos fiscais são uma maneira de escapar à regulação do sistema financeiro internacional e, portanto, eles deveriam ser eliminados", ressaltou Baumbach.
De acordo com o porta-voz, o desejo do presidente Lula é democratizar as instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, para que os países em desenvolvimento e os emergentes possam ter uma voz ativa e dar a sua contribuição para a solução dos problemas.
"O presidente defenderá o fortalecimento da voz e da participação dos países emergentes e em desenvolvimento para que passem a corresponder ao peso que tais países têm hoje na economia e no crescimento globais", afirmou Baumbach.
Lula também deverá tecer duras críticas à adoção de políticas protecionistas no combate à crise financeira internacional. Conforme vem anunciando em seus discursos, o presidente acredita que protecionismo levará a um aprofundamento da crise.
"O presidente Lula está atento ao fato de que o recurso ao protecionismo tem se intensificado, o que já começa a ter reflexos negativos no comércio, assim sendo rejeitará energicamente o protecionismo comercial e financeiro e defenderá soluções para promover a retomada do dinamismo do comercio internacional", destacou.
Na semana passada, durante encontro com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, Lula ressaltou a importância de que, neste momento de crise, a reunião não fique apenas em torno de "discussões".
"Esta reunião tem que ter um pouco de calor. Se nós cometermos o erro de fazer mais uma reunião para marcarmos outra reunião, poderemos cair no descrédito e a crise se aprofundar. Se a reunião não der um bom sinal, certamente passaremos para humanidade a fraqueza dos lideres políticos", ressaltou.
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