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sábado, novembro 23, 2024

Em nome da democracia

A votação da última quarta-feira sobre as denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer foi sem dúvida o assunto da semana. O motivo mexeu com o país, como se fosse um clássico de futebol. Pois muitos concordaram ou discordaram da posição do congresso, que votou contra a apuração das denúncias e com isso, o presidente se livrou de um possível processo de cassação. De um lado estavam os chamados "Temersistas", os defensores do atual presidente, que garantem que as denúncias baseadas em conversas gravadas com o diretor da JBS, Joesley Batista, são infundadas. Outro discurso dos defensores de Temer é que um processo de cassação, nos moldes do que foi da ex-presidente Dilma, poderia causar um prejuízo gigantesco ao país, no que tange a economia. O Temersistas entendem que o Brasil, iria parar, os investimentos externos minguar, e a infraestrutura do país, não avançaria mais um palmo, diante de tamanha instabilidade política. Por outro lado, a ala anti-temer, entender de outra forma. Primeiro, como se trata denúncias de corrupção e diante de tantos escândalos, as mesmas devem sim ser investigadas, até mesmo para passar o Brasil a limpo, e se comprovar a inocência mostrar que Temer estava certo, sendo que em caso contrário, punir o presidente com os rigores da Lei. A simples investigação, no entendimento desse grupo, seria um alívio, pois mostraria, que o país estaria avançando neste quesito. Por outro lado, esse mesmo grupo tem o entendimento de que um novo processo contra um presidente não traria tantos prejuízos ao país. Independente de quem tenha a razão, a situação atual, mostra que a democracia, ainda é uma forma de mudar as coisas. Os deputados que votaram a favo de Temer ou contra, foram todos escolhidos por nós e nas campanhas eleitorais, nós escolhemos geralmente que tem um pensamento parecido com o nosso. A grosso modo, a nossa Câmara é reflexo das nossas escolhas e se quisermos mudar isso, só há uma saída, mudarmos as nossas escolhas, mas se a ideia é manter, a saída também é a mesma. Portanto, neste momento, o que vale é lutarmos para mantermos a democracia, que ainda é uma das melhores formas de enfrentarmos o câncer chamado corrupção.

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