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Após susto no aeroporto de Rondonópolis, Pichioni desabafa: “Só tínhamos que ter voos aqui quando tivéssemos condição”

O vereador Hélio Pichioni (PR) era um entre as dezenas de passageiros que vinham de Brasília em um voo da Passaredo para Rondonópolis, durante a noite da última sexta-feira (8), que quase acabou em tragédia depois de um pouso ser aparentemente mal calculado pelo piloto e invadir uma lavoura de soja, arrebentando em seguida uma cerca de arame próxima a pista do Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco.

Pichioni, que lembra da aeronave praticamente lotada, relatou à reportagem que apesar não ter deixado feridos, o acontecido certamente deixará graves traumas no psicológico de quem estava no voo. “Sentimos a proximidade da lavoura de soja e de repente ocorreu um barulho enorme, quando tocamos o chão ainda a uns 300 metros da pista. Todo mundo ficou enlouquecido dentro da aeronave, mas acabou que o piloto conseguiu arremeter, permanecemos mais uns 10 minutos voando para novamente descer. Aí você imagina como ficamos lá em cima?”, expôs o parlamentar.

Para Pichioni, a falta de estruturas tecnológicas que permitam decolagens e pousos com o máximo de segurança, como são feitos nos grandes aeroportos, deveriam impedir a movimentação no aeroporto local. “Eu já disse hoje para muitos amigos, só tínhamos que ter voos aqui quando tivéssemos condição. O aeroporto de nossa cidade só presta se for voo durante o dia e não tiver chovendo. Toda vez que tem de ser durante a noite ou madrugada corremos um risco danado. Graças a Deus que estou aqui contando esta história”, aliviou-se.

Em nota, a empresa Passaredo ressaltou as dificuldades meteorológicas no momento do pouso, que forçaram o piloto a ter que realizar o procedimento de arremetimento, mas ressaltou que logo em seguida e aterrisagem foi feita com tranquilidade e sem grandes atrasos aos passageiros. A empresa ainda confirmou que a aeronave envolvida será totalmente revisada.

Histórico Preocupante

Além de não estar em condições técnicas ideias, conforme criticou o vereador, o aeroporto de Rondonópolis ainda acumula um histórico de erros grotescos da equipe de trabalho ligada direta ou indiretamente a Secretaria Municipal de Trânsito. Em 2015, um outro voo também quase acabou em tragédia depois de um motorista de um caminhão de atendimento de incêndio, que faz plantão no local, invadir irresponsavelmente a pista no momento da decolagem. O “quase” acidente, que só não ocorreu por muita sorte, revoltou os passageiros, dentre eles, o vice-governador Carlos Fávaro.

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