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domingo, novembro 24, 2024

Eleições no Congresso, uma lição de maturidade democrática

Democracia, em seu conceito etimológico significa poder que emana do povo. No processo político a promoção do soberano bem político é um dever eminentemente comunitário, portanto um dever individual de cada cidadão.
Para a concretização da democracia faz-se necessária uma ação unificada de todos concebida como uma progressiva unificação, em primeiro lugar, dos indivíduos em seu município, que constituirão o estado, projetando-se daí para a Federação que nada mais é do que o conceito de País.
Daí, portanto, a importância dos núcleos comunitários cidadãos em agremiações que começam no bairro, como representatividade da família, a “ célula mater” da pátria na expressão de Rui Barbosa que dizia: “a pátria é a família amplificada”. A representatividade política da comunidade concretiza-se através daqueles em quem depositamos nosso voto de confiança nas urnas, a começar pelo alicerce da edificação política constituído pela Câmaras Municipais e se amplia com as Assembleias Legislativas, chegando ao ponto mais elevado que é a Câmara alta constituída pelas duas casas do Congresso: Câmara e Senado trincheiras avançadas da democracia, passando, naturalmente pelos cargos majoritários.
Nesse topo da pirâmide política, onde estamos representados todos nós, traçam-se os destinos da nação, como manifestação soberana do povo.
Até á legislatura passada predominavam, ainda, os conchavos políticos para eleger os condutores da representatividade política nacional. Nessa 53ª Legislatura que ora se inicia prevaleceu o bom senso. Para a presidência da Câmara, não obstante duas outras candidaturas, uma do partido do governo e outra representativa dos pequenos partidos, por ampla maioria, quase unanimidade, prevaleceu a vivência política do Deputado Michel Tamer, presidente do maior partido político nacional – o PMDB e que já exercera o cargo anteriormente.
No Senado, apesar da candidatura forte do Senador Tião Viana, do PT, mais um vez prevaleceu o bom senso. Pricipalmente porque os nossos representante políticos pairaram acima das divergências políticas, ao ponto do PSDB em bloco, hipotecar seu apoio ao senador petista.
No entanto, não só pela sua posição partidária,quanto pelos seus predicados políticos a vivência do Senador José Sarney, ex-presidente da República, ex-presidente do Senado, cargo que exerceu por duas vezes venceu por representativa margem de votos. Vale ainda considerar que o Senador Sarney é o político mais longevo do Brasil, com seus cinquenta anos de exercício político, tendo percorrido toda a escala política, desde a vereança à presidência da republica. Apenas mais dois políticos alcançaram a marca cinqüentenária no exercício do mandato: Rui Barbosa e Gomes Ferreira.
Na constituição da Mesa Diretor do Senado há três aspectos a destacar: a presença da mulher, o ecletismo partidário, e a predominância absoluta do Nordeste e do Centro Oeste. Os Senadores Sarney (PMDB), Heraclito Fortes (DEM), Mão Santa (PMDB), Cesar Borges (PR) e Patrícia Saboya (PDT) são nordestimos. O Senador Marconi Pirillo (PSDB) e a Senadora Serys (PT), ambos do Centro Oeste.
E aqui não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem à Senadora, Serys, segunda vice-presidente do senado, a primeira mulher a ter assento na Mesa Diretora do Congresso Nacional em toda a sua história, não só uma das vozes mais representativas no Senado da República, em defesa dosa direitos femininos, integrada a toda a problemática política nacional e, acima de tudo, lídima representante do nosso estado. Parabéns, Senadora.

J.V.Rodrigues

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