Nada mais contraditório do que realizar uma eleição municipal ainda meio a uma Pandemia como estamos vivendo. Estamos na reta final para a realização de convenções para definir candidatos, e no entanto, a Covid-19 continua presente e matando milhares de pessoas em todo o país. Portanto, o momento é de reflexão, sobre os riscos de uma eleição turbinar ainda mais o vírus no Brasil. Pois, pelo que tudo indica, não será possível evitar neste processo aglomerações e reuniões e com isso o vírus que ainda está presente no país explodir em uma segunda ou terceira onda de contaminação. O que chama a atenção é que para as autoridades é como se a Pandemia estivesse passado e o processo eleitoral poderá correr tranquilamente. O xis do problema é que estamos há poucos dias do começo da campanha e não vemos a Covid diminuir em números que garantam a segurança necessária para que as pessoas saiam às ruas, peçam votos e realizem as famosas reuniões com lideranças de forma segura. O que ocorre neste momento é um grande risco de que até o dia 15 de novembro, data programada para o processo eleitoral, a situação não mude muito, e com isso, haverá sim filas, aglomerações para votar e até mesmo para comemorar os resultados da urnas. Não estamos defendendo abertamente o cancelamento das eleições, mas achamos de bom senso um estudo mais preciso e verdadeiro sobre o que está ocorrendo e o verdadeiro efeito da Pandemia no voto e nos nossos eleitores. É preciso avaliar de maneira fria e precisa, o que realmente pode ocorrer e se realmente estamos colocando em risco, o nosso bem mais precioso que são as vidas humanas. Salvar vidas em primeiro lugar, eleições, poder e a busca pelo voto deverão estar sempre em segundo plano.
