Estamos próximos a mais uma eleição municipal, talvez a mais diferente da história da democracia brasileira, em razão de diversas mudanças que vão deste de uma nova postura vista pelos eleitores até as novas regras que vão passar a valer no nosso processo eleitoral que se aproxima.
No primeiro item veremos, com toda a certeza, um eleitor mais exigente e muito mais criterioso na hora de votar. O exemplo está nos movimentos que vimos nas ruas nos últimos anos, quando se tornou comum o cidadão ir às ruas e protestar contra a classe política do nosso país e o resultado dessas manifestações em um primeiro momento foi o impedimento da presidente Dilma e o PT, partido que governou o país nos últimos 13 anos, virou uma espécie de um cadáver politico.
No entanto, o eleitor ainda vai ter que provar que mudou a passar a rejeitar candidatos com postura antiética ou que apoiem uma política de compra de votos, por exemplo.
Por outro lado, as eleições deste ano terão um período mais curto, onde o candidato vai ter que se movimentar mais para conquistar o voto. Fora isso, as novas regras podem dar fim as chamadas campanhas milionárias onde se gasta rios e mais rios de dinheiro. Hoje, a eleição será mais enxuta e os candidatos vão ter que trabalhar propostas que, de fato, convençam o eleitor.
Outro aspecto diferente as próximas eleições é a forma de se comunicar, essa será uma das primeiras campanhas onde as mídias sociais poderão e devem ser o principal canal de comunicação entre o eleitor e o candidatado.
No entanto, as eleições municipais tem suas peculiaridades se comparadas as eleições para governador, deputado, senador e presidente. Uma delas é que o eleitor fica mais próximo do candidato e em uma cidade como Rondonópolis, ( que tem cerca de 140 mil votantes) em um momento ou outro o eleitor vai estar diante de um candidato e poder cobrar ou até mesmo discutir de forma mais abrangente uma proposta de campanha.
Talvez, por esse detalhe, a eleição municipal é a que realmente reflete o desejo de um povo com relação à escolha do candidato a chefe do executivo, pois com relação aos vereadores não é possível dizer o mesmo, em razão da forma de escolha dos eleitos que não leva em consideração o número de votos e sim a soma em que a legenda ou coligação obteve e desta soma sai os vitoriosos.
Pelo visto é chegado o momento da tão sonhada reforma política rever essa situação e mudar a forma de eleição de detentores de mandatos legislativos principalmente no município.
Uma saída seria a revisão deste tipo de escolha e passar a eleger apenas os mais votados, esse critério com toda a certeza seria o mais justo para que a população possa realmente escolher os representantes nas Câmaras de Vereadores. Talvez em 2020 poderemos ver uma nova forma de votar nos nossos representantes no Poder Legislativo local. Então vamos aguardar para ver. Uma mudança mais que necessária para o nosso País e para toda a classe política.
