EDITORIAL

EDITORIAL ED: 930: Na dor e no amor

Que o trânsito de Rondonópolis necessita de medidas urgentes, todo mundo sabe. A missão, no entanto, do atual secretário de trânsito do município, Thales Tati, e do prefeito Cláudio Ferreira para tentar organizar o sistema da cidade não vai ser de fácil por vários motivos.

Um dos problemas do trânsito da cidade é cultural. O motorista rondonopolitano, por incrível que pareça, não se intimida em cometer atos e infrações no trânsito, que em qualquer lugar do mundo seria um absurdo. Para que vocês leitores tenham ideia do que nós estamos falando, furar o semáforo no movimentado centro de Rondonópolis é algo quase que natural.

Ao contrário do que muitos pensam, é mais fácil encontrar um motorista que furou o sinal do que um que não fura. Aliás, o que respeita as leis acaba muitas vezes sendo criticado pelo motorista que não respeita as leis. É uma verdadeira inversão de valores.

Mas os absurdos no trânsito não ficam por aí. É comum também ver gente acelerar o carro acima dos limites de velocidades autorizados pela lei ou simplesmente ignorar a existência do cinto de segurança. Somados, esses absurdos tornam o trânsito de Rondonópolis um verdadeiro caos.

Há também um grande problema nas ruas de Rondonópolis: o volume de motoristas ou motociclistas desqualificados e sem a famosa carteira nacional de habilitação é gigantesco. Logicamente que isso tem um motivo para ocorrer. Está claro que não há fiscalização e, não havendo fiscalização, o motorista infrator fica mais à vontade para, por exemplo, não se preocupar em andar pelas ruas de Rondonópolis com a devida habilitação para dirigir.

Esse é apenas um dos problemas do trânsito e, para este problema, o que pode ser mais perto da solução é apertar o cerco na fiscalização. Neste caso, é preciso que a fiscalização eletrônica, que mede o excesso de velocidade e também o chamado furo do sinal, volte justamente para coibir os motoristas e acostumá-los a respeitar as leis de trânsito em nossa cidade.

Também é mais do que necessário a fiscalização de rua tradicional, a realização de blitz, onde é cobrado o documento do motorista e também o uso do cinto de segurança, só para citar mais um exemplo dos absurdos que são comuns no trânsito de nossa cidade.

Mas, para que isso realmente tenha efetividade e legalidade, é preciso novamente a realização de um projeto de pátio de busca e apreensão de veículos. Somente assim, endurecendo o jogo, multando e aprendendo o veículo irregular, infelizmente, é que as pessoas vão se conscientizar de que as regras do trânsito precisam ser respeitadas para garantir também uma melhor qualidade de vida para todos os moradores de Rondonópolis.

No trânsito rondonopolitano, pelo visto, vai valer aquela regra: se não vai pelo amor, vai pela dor. E, neste caso, a dor vai ser sentida no bolso de quem não respeita as regras estabelecidas pelo código nacional do trânsito aqui em Rondonópolis.

Então, o alerta meio que está dado. Basta agora quem não está regular se regularizar e principalmente respeitar as leis. Desta forma, o trânsito com toda certeza vai melhorar. E quem vai ganhar é a população no geral.

“Um dos problemas do trânsito da cidade é cultural,
o motorista rondonopolitano, por incrível
que pareça, não se intimida em cometer atos e
infrações no trânsito, que em qualquer lugar do
mundo seria um absurdo.
Para que vocês leitores, tenham ideia do que
nós estamos falando, furar o semáforo no movimentado
centro de Rondonópolis, é algo quase
que natural. Ao contrário do que muitos pensam,
é mais fácil encontrar um motorista que furou o
sinal do que um que não fura. Aliás, o que respeita
as leis acaba muitas vezes sendo criticado
pelo motorista que não respeita as leis.”

Fonte: Da redação

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