EDITORIAL ED: 931: Para pensar no Esporte
A Secretaria de Esportes, atualmente vinculada como adjunta à Educação, merece uma atenção mais abrangente por parte dos gestores. Não estamos tratando apenas da extinção da pasta, que passou de secretaria a um anexo da Educação, mas, principalmente, da necessidade de ações concretas para o desenvolvimento esportivo.
Não falamos aqui de infraestrutura como construção de quadras, campos ou piscinas, mas de objetivos práticos. Um exemplo que poderia ser trabalhado, aproveitando a integração com a Educação, seria transformar Rondonópolis em um centro de referência regional ou até nacional em uma modalidade esportiva específica.
Cidades do interior de São Paulo oferecem ótimos exemplos disso. Franca, por exemplo, localizada na região de Ribeirão Preto, é reconhecida como a capital brasileira do basquete masculino. Além de ser um grande polo de produção de calçados, a cidade se destacou por formar atletas e treinadores de todos os cantos do país, consolidando-se como o maior centro de desenvolvimento do basquete no Brasil.
Essa iniciativa gera impactos que vão além do esporte. Franca possui uma equipe forte na principal liga nacional, atraindo investimentos, patrocinadores e divulgação espontânea na mídia devido aos resultados expressivos. Nos dias de jogos, há um aumento significativo na movimentação econômica da cidade, beneficiando o comércio, restaurantes e a rede hoteleira, que precisa estar preparada para receber equipes, torcedores e a imprensa nacional.
Outro exemplo é Osasco, com o vôlei feminino. O Poder Público local apoia e fomenta a formação de atletas de base, e, em contrapartida, a cidade recebe um grande time e eventos de destaque no cenário nacional e internacional.
O mesmo ocorreu em Piracicaba e Sorocaba, nas décadas de 1980, com o basquete feminino, originando grandes equipes como a Unimep de Piracicaba e a Minercal de Sorocaba. Presidente Prudente, por sua vez, é um caso de sucesso no atletismo, reconhecida nacional e internacionalmente graças ao investimento público.
Esse apoio não apenas resultou na formação de grandes atletas, mas também posicionou a cidade como um polo esportivo de excelência. Chegou a hora de Rondonópolis identificar sua vocação esportiva e se tornar um centro de referência no esporte nacional.
Além de ser uma forma eficiente e de baixo custo para valorizar a cidade, essa iniciativa oferece uma oportunidade única de reconhecer e desenvolver os talentos esportivos que nascem e crescem aqui. A ideia está lançada. Agora, é preciso encarar o desafio.
“Não falamos aqui de infraestrutura, como construção de quadras, campos ou piscinas, mas de objetivos práticos. Um exemplo que poderia ser trabalhado, aproveitando a integração com a Educação, seria transformar Rondonópolis em um centro de referência regional ou até nacional em uma modalidade esportiva específica.”
Fonte: Da redação
