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sábado, novembro 23, 2024

Economia de cada um, para a economia de todos

“A maioria dos brasileiros passa apenas o fim de mês com a calculadora nas mãos, enquanto que a devia ter usada com mais critério há dias atrás, quando ainda havia dinheiro na conta“
Uma coisa é fato: os recursos naturais existentes no Brasil e no mundo, de onde a humanidade retira as matérias primas para abastecer suas necessidades, está acabando e junto a isto a economia mundial está dando passos largos rumo ao colapso. No Brasil, a falta de chuvas tem feito com que o abastecimento de água por vezes seja interrompido na mais rica cidade do país, o que deve gerar aumentos em faturas para pagar possíveis investimentos e mesmo os racionamentos. Sendo nossa fonte principal de energia a hidrelétrica, o país que já passou dos 200 milhões de habitantes, também está vendo o mau uso e as agressões ao meio ambiente interferirem na conta doméstica, que recebe aumento em cima de aumento a cada semestre que passa.
Lá atrás, quando começou-se a falar em preservação de meio ambiente, a maioria da população começou a taxar o assunto de coisa de gente chata. O cidadão que não gastava papel à toa, reaproveitava água e tinha outros pequenos (grandes) cuidados, em outros tempos era membro de um rol de pessoas com teor ideológico presente em uma minoria da população brasileira. Mas eis que chegaram os dias atuais, e quem já aprendeu a viver respeitando os recursos naturais certamente sofrerá bem menos na pele o impacto de ter que fazer isto forçadamente a partir de agora. O primeiro câncer que a degradação do meio ambiente está causando na sociedade contemporânea é na economia, mas muitos outros devem vir em curto, médio e longo prazo.
O Governo Federal só tem um caminho: fazer a preservação se tornar prática habitual dos cidadãos encarecendo as contas domésticas, pois como se sabe a cultura brasileira muda-se rapidamente e em efeito dominó a partir da chamada política de ‘mexer no bolso’. Já quando se fala da economia propriamente dita como ciência, com a temida volta da inflação e os baixos crescimentos percentuais da riqueza brasileira, novamente entra-se na discussão da importância da melhora do individual para se fazer um todo melhor. O brasileiro que em sua grande parcela é trabalhador, mas tem mania de gastar à toa tem de começar a repensar mais seus próprios conceitos referentes a economia. Não é possível que continuemos a esperar que as coisas melhorem feito uma mágica vinda da cartola de Dilma Rousseff, enquanto não temos a capacidade de saber cuidar do nosso próprio dinheiro.
A maioria dos brasileiros passa apenas o fim de mês com a calculadora nas mãos, enquanto que a devia ter usada com mais critério há dias atrás, quando ainda havia dinheiro na conta. Administrar, como diria os melhores cientistas econômicos, é priorizar e poupar deveria ser uma das principais decisões tomadas por cada cidadão em referência ao seu próprio recurso financeiro. Não se fala aqui daquele velho conceito de que brasileiro faz festa demais e logo então gasta com o que não devia, mas sim de saber escolher o que de fato vai agregar e fortalecer a economia dos lares e consecutivamente construir um país onde as pessoas tenham meios de viver com qualidade.
Independente da linha mestra da política econômica instalada pelo governo, bem como a própria definição de investimentos e linhas de créditos destinadas para programas de auxílio à classe C,D,E ou qualquer outro que for, é possível que uma família que não tenha vencimentos extremamente altos consigam ter um boa vida no Brasil, desde que tenham organização orçamentária, termo praticamente extinto do dicionário de boa parte dos brasileiros. O capitalismo, embora tenha seus graves defeitos, permite que exista este caminho pessoal de fortalecimento de renda, não só buscando meios de crescer a receita, mas acima de tudo freando os débitos.
Para o fim de ano que se aproxima, é óbvio que um pai que compra um presente para seu filho não tem como estimar o quanto custa o sorriso que ele ganhará por recompensa, da mesma forma que é um momento dos jovens apaixonados demonstrar o quanto são sensíveis em relação ao outro dando exatamente o que o outro está precisando e isto deve mesmo continuar assim, pelo bem do coração e da mente. Mas quando passar o dia 31 de dezembro e pormos o pé no primeiro dia de 2015, que cada um possa fazer o propósito de ter ‘mais dó do próprio couro’, como diria os nossos avós, e não errar tanto ao abrir a carteira à toa, até porque como bem se sabe dinheiro não aceita desaforo.
Da Redação

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