A cidade de Rondonópolis comemora, neste dia 10 de dezembro, 71 anos de emancipação político-administrativa. Ao longo dessas mais de sete décadas, a cidade viveu períodos de grande desenvolvimento econômico e social, bem como enfrentou momentos de crise, algo que faz parte da trajetória de qualquer município.
Graças à sua localização geográfica privilegiada, Rondonópolis nunca deixou de crescer e se desenvolver. Nas décadas de 1970 e 1980, destacou-se como um grande polo produtor, evoluindo, posteriormente, para a posição de capital nacional do bitrem, demonstrando sua vocação para o transporte.
Essa vocação está diretamente ligada à posição estratégica da cidade, localizada no entroncamento de duas das principais rodovias federais que conectam o norte ao sul e o leste ao oeste do país. Tal localização coloca Rondonópolis em evidência no transporte nacional de grãos, já que praticamente toda a produção do norte e oeste de Mato Grosso – regiões que atualmente lideram a agricultura no Brasil – passa obrigatoriamente pela cidade.
Além disso, Rondonópolis abriga grandes esmagadoras de grãos, fortalecendo ainda mais o setor agrícola. Para completar, a cidade conta com o maior terminal ferroviário da América Latina, consolidando-se como um cenário ideal para permanecer como cidade-polo no transporte e logística.
No entanto, como nada é eterno, já passou da hora de a cidade virar a chave e começar a pensar em novas alternativas econômicas. A razão é clara: Rondonópolis está ficando cada vez mais distante das principais fronteiras agrícolas do estado. Em breve, a ferrovia chegará a cidades do norte e oeste de Mato Grosso, o que reduzirá significativamente o volume de cargas transportadas por aqui.
Com essa mudança, a cidade corre o risco de perder o protagonismo no setor e, consequentemente, sofrer impactos em sua economia. Por isso, é essencial buscar soluções para tornar Rondonópolis mais atrativa para outros setores.
Uma ideia promissora é transformar a cidade em um polo de distribuição de combustíveis, aproveitando a capacidade de armazenamento do terminal intermodal e o fato de os trilhos conectarem Rondonópolis a Paulínia, em São Paulo, principal centro de distribuição do setor no Brasil.
Essa é apenas uma das possibilidades que podem ser exploradas. É o momento de sermos criativos e visionários. Caso contrário, poderemos enfrentar um grande retrocesso econômico, algo que certamente ninguém deseja.
Fonte: Da Redação