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quinta-feira, novembro 21, 2024

É preciso mudar

Chegamos ao fim de um dos períodos eleitorais mais tumultuados, desde a reabertura democrática do país. Já tivemos eleições equilibradas e concorridas, mas nunca uma eleição tão complexa como estamos vivendo. A polarização entre os dois grupos que disputam a eleição c o n t r i b u i u muito para o que ocorreu: tumulto, confusão e pouca discussão de verdade sobre o futuro do país e o quê realmente é melhor para o Brasil. A impressão que se tem, é que terminadas as eleições, não se discutiu o país, e sim os costumes de cada um dos dois candidatos, que polarizam a disputa. Muito se falou sobre o comportamento deste ou daquele candidato, o que ele disse ou deixou de dizer sobre esse ou aquele assunto, e pouco se falou ou se disse, de propostas reais de cada um deles. Não sabemos ou descobrimos quais os verdadeiros planos de Lula ou Bolsonaro, para o setor de infraestrutura do nosso país. As campanhas preferiram omitir as propostas e apresentar ataques pessoais dos dois lados. O eleitor votou sem saber ao certo, o que realmente cada um deles pode fazer de verdade para o país. Em resumo, a situação real e o futuro do Brasil ficaram em segundo plano, nestas eleições, o que está em jogo o perfil ideológico de cada um dos dois postulantes. Nesta questão, outro detalhe que chamou a atenção, foi à questão jurídica, as campanhas investiram em bons advogados, e vimos também uma grande guerra jurídica, dos dois lados. I m p o r t a n t e frisar, que em meio a tanta confusão, o Tribunal Superior Eleitoral, vai precisar fazer um grande estudo para as próximas campanhas, para enquadrar candidatos, que usam e abusam da chamada desinformação, que na prática é a chamada indústria das fakenews. Nesta campanha foi praticamente impossível, o eleitor identificar o que era verdade ou invenção desta ou daquela campanha eleitoral. Está na hora de uma grande e verdadeira reforma eleitoral, pois desta forma, vai ficar complexo e difícil, votar realmente na melhor proposta e no melhor candidato. O que ocorreu nesta eleição, não deve ser exemplo e sim revisto, para que não ocorra novamente nas próximas campanhas que ainda virão pela frente. Mudança já.

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