Natural da vizinha cidade de D. Aquino, cidadão desprendido e amante das causas voluntárias. Funcionário muito querido pelos seus colegas da Câmara Municipal de Rondonópolis e por todos que o conhecem. Ele conta um pouco da sua história e da sua atuação no meio da sociedade rondonopolitana.
Jornal Folha Regional: Como foi a sua infância em D. Aquino?
Dr. Fabiano: A minha infância em D. Aquino foi vivida incialmente no meio rural em pleno contato com a natureza que produzia um cenário maravilhoso de tranquilidade e paz. Onde sempre tivemos um apreço pela natureza, momento em que aprendemos também a dar valor nas coisas mais simples da vida.
JFR: Qual o significado da integração da família e sua importância no dia a dia no meio rural?
Dr. Fabiano: Meus pais João Andrade (saudoso) e minha mãe Eva Francisca do Nascimento foram muito importantes na nossa educação, quero salientar aqui o grande esforço de minha mãe que sempre foi uma grande guerreira. Criou os 4 filhos Elvis, eu Fabiano, Alexandra e Helen Regina com muito carinho, e sempre nos aconselhava para que nunca fizéssemos coisas erradas, dentre elas não cobiçasse nada que é dos outros. Ela apesar de sua simplicidade nos dava uma grande lição de cidadania, como disse era muito esforçada e chegou a trabalhar em dois serviços no mesmo período para nos criar.
JFR: Fale um pouco sobre a situação educacional no período de sua infância:
Dr. Fabiano: Eram momentos difíceis, nos moramos durante um período em uma fazenda na região da Cachoeira do Prata em Juscimeira, fomos criados junto com o meu tio Francismar, hoje Tenente da Polícia Militar de Mato Grosso, tinha um pouco mais idade do que eu e os meus irmãos. Ele possuía uma charrete e minha mãe pedia a ele para que nos levasse até a escola que era distante cerca de 13 quilômetros da nossa na zona rural. Nós saiamos da escola as 11 e chegávamos as l3h., na beira da estrada tinha muitas arvores frutíferas e nós aproveitávamos colhíamos laranjas, bananas e comíamos até chegar em casa. Foram momentos difíceis, mas compensadores.
JFR: Quando a família saiu da fazenda e mudou para Rondonópolis o senhor estava com quantos anos?
Dr. Fabiano: Quando a minha mãe saiu da fazenda em Juscimeira veio para Rondonópolis, naquela época eu tinha 12 anos de idade, aos 15 anos eu fui morar em Cuiabá, com a minha tia Maria Vanete, que me ajudou por bom período, lá eu continuei os meus estudos. Posteriormente voltando para Rondonópolis eu estudei na Escola D. Wunibaldo, onde eu tinha um grande amigo desenhista Edinei Alves que me orientou na produção dos meus desenhos. Aos 22 anos comecei a pintar, levei o desenho para a apreciação do Edinei que me deu um grande incentivo.
JFR: Como foi a sua trajetória até chegar a Câmara Municipal e a Faculdade de Direito?
Dr. Fabiano: Eu trabalhei no segmento lojista como vendedor, o meu primeiro emprego foi na loja Só Bebê, onde permaneci por 2 anos. Trabalhei também no ano de 2005 como garçon na antiga Cantina d’ Itália. Posteriormente eu participei do concurso da Câmara Municipal e fui aprovado e assumi, mas continuei trabalhando como garçon na Cantina D’ Itália e trabalhando também em festas avulsas pela cidade. Devo dizer que 4 meses antes de assumir o meu trabalho na Câmara em casei com Eliane Marques de Oliveira, exatamente no dia 7 de Outubro de 2006.
JFR: Como se deu o seu ingresso na universidade?
Dr. Fabiano: Eu trabalhava de garçom nos evento promovidos pelas empresas do Dr. Mohamed Zaher, um dia ele me perguntou se eu tinha curso superior, surgiu então a oportunidade que faltava e como incentivo para o estudo ganhei meia bolsa e com muita luta conclui o Curso de Direito. Então durante 4 anos fiquei trabalhando na Câmara e trabalhando em festas como garçom. Três anos depois eu e minha esposa Eliane adotamos uma filha Ellen Eduarda de Oliveira Nobre.
JFR: o Senhor continua atuante na advocacia?
Dr. Fabiano: Eu me formei em 2013, fiquei estagiando durante 2 anos com um casal de amigos advogados Dra. Milene Maia e Dr. Diogo. Foi uma boa experiência, mas logo decidi deixar a advocacia e partir para o trabalho voluntário na igreja Católica onde até hoje eu a minha esposa e minha filha participamos. Em 2015 fiz o retiro do Movimento de Cursilho Cristandade do Brasil, fato que me ajudou muito no desprendimento social e nas bases da sustentação familiar.
JFR: Quem te encaminhou para o movimento do Cursilho?
Dr. Fabiano: Quem me fez o convite, foi o vereador Jailton do Pesque Pague, a quem eu agradeço e chamo hoje de padrinho. Gosto muito de refletir sobre esta frase “O verdadeiro amigo vale mais que um milhão de “amigos”.
JFR: Quais as suas perspectivas para este ano e para os próximos?
Dr. Fabiano: Eu estou em busca de formação, estou fazendo uma pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas. O meu padrinho Jailton me confidenciou que sairá da política, e como membro da igreja se reuniu com o Bispo e indicou o meu nome para a apreciação eu fiquei muito grato, mas até então eu não tinha pensado nessa proposta. Desde então estou participando de reuniões na sigla PSDB, conversei com a minha esposa sobre o projeto e eu resolvi encarar o desafio. Se der tudo certo com a ajuda de Deus o meu nome estará a disposição nas próximas eleições. Há 20 anos estou residindo em Rondonópolis onde fiz grandes amigos.
JFR: Nos agradecemos a sua gentil atenção para com a nossa reportagem e para encerrar, a nossa ultima indagação: À quem o senhor gostaria de agradecer?
Dr. Fabiano: Agradeço a minha tia Maria Vanete, a Cleuza e o Raimundo, ao meu saudoso pai João Andrade ao meu tio Francismar Ten. Da Policia Militar. Em especial ao meu nobre amigo Mohamed Zhaer que me ajudou na minha formação, a minha mãe Eliane Marques Oliveira Nascimento, ao meu padrinho Jailton do Pesque e Pague e aos meus amigos de trabalho e aos rondonopolitanos pela acolhida. Trabalhar no Poder Legislativo é gratificante.