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sexta-feira, novembro 22, 2024

Doria decide manter candidatura e Moro desiste na reta final do prazo para filiações

O ex-juiz Sergio Moro deixou o Podemos, ao qual se filiou em novembro do ano passado, e assinou ontem (31) sua filiação ao União Brasil – partido criado com a fusão de PSL e DEM e anunciou a desistência da pré-candidatura à presidência da República. Por outro lado, João Doria recuou e, também ontem, renunciou ao governo de São Paulo indicando que se manterá na disputa. Os dois movimentos aumentaram as dúvidas sobre o desempenho dos candidatos da chamada ‘terceira via’, que tem ainda Ciro Gomes do PDT.

O quadro geral deve se definir nas próximas 48 horas, já que hoje (01)  termina a janela partidária, período em que deputadas e deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de partido para concorrer na eleição sem perder o mandato e amanhã é o último dia para chamada "desincompatibilização" dos que ocupam cargos públicos e devem deixá-los para se candidatar.

Moro e Doria disputavam desde o ano passado a condição de candidato preferencial da terceira via entre as forças da direita e do centro,  posto também pleiteado por Simone Tebet (MDB).

O embate entre eles levava em conta uma possível aliança política entre União Brasil, MDB e PSDB, que cogitavam decidir juntos um candidato à Presidência em junho. Com a ida de Moro para a UB e as turbulências envolvendo Doria, estas negociações tornam-se mais complicadas e devem dificultar a ascensão nas pesquisas – onde ainda estão bem distantes do líder Lula (PT) e de Bolsonaro (PL).

Enquanto isso Ciro Gomes segue sem conseguir romper a barreira dos 10% nas pesquisas de intenção de voto, indicando que talvez tenha atingido seu teto.

A indefinição do quadro geral deve ter desdobramentos maiores à partir da semana que vem, quando as atenções voltarão para as negociações envolvendo a formação de federações e alianças partidárias.

Apesar de nada ser impossível, os analistas avaliam que dificilmente teremos fatos novos capazes de alterar substancialmente o quadro geral.

A opinião majoritária é de que a bipolarização entre Lula e Bolsonaro deve continuar, fazendo desta eleição uma espécie de plesbicito entre a administração atual do candidato do PL e as gestões petistas. O povo deverá decidir levando em conta os resultados das administrações de cada um no dia-a-dia dos brasileiros.

 

Eduardo Ramos – da Redação

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