Disfunção e doença cardiovascular

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Você sabia que homens com mais de 45 anos que nunca apresentaram problemas cardíacos, mas que têm disfunção erétil de moderada a grave, podem desenvolver alguma cardiopatia em comparação àqueles que nunca apresentaram essa disfunção?

Pois é. Estudos da Universidade Nacional da Austrália comprovaram que existe uma estreita relação entre disfunção erétil e doença cardiovascular, tanto que atualmente se considera que a disfunção erétil, um fator preditor para coronariopatia. As disfunções eréteis podem ser classificadas como : psicogênicas, orgânicas ou mistas.

As de causa orgânica podem ser de origem vascular, neurogênica, hormonal, induzida por drogas ou estar associadas às alterações anatômicas dos corpos cavernosos (par de estruturas de tecido erétil que recebem a maior parte do sangue do pênis durante a ereção).

Principais sintomas da disfunção erétil:

Redução do tamanho e da rigidez peniana, incapacidade de obter e manter a ereção, dificuldade na penetração e desempenho durante o ato sexual, diminuição na frequência de relações sexuais.

Principais causas para a disfunção erétil

Aterosclerose: Formação das placas de aterosclerose ocorre agressão ao endotélio com consequente diminuição do diâmetro interno do vaso e dificuldade para manter o fluxo sanguíneo.

Cigarro: Fumar durante muitos anos é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil de causa vascular. As substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam danos no endotélio e diminuem os níveis de óxido nítrico no pênis.

Diabetes: As causas estão ligadas a aterosclerose mais acelerada, as alterações nos tecidos dos corpos cavernosos e a neuropatia diabética.

Hipertensão arterial: É causa importante de disfunção erétil.

Tanto os medicamentos quanto a própria hipertensão podem ser responsabilizados pelas dificuldades de ereção.

Hiperlipidemia: A presença de altos níveis sanguíneos de LDL-colesterol, triglicérides e fibrinogênio estão associados à disfunção erétil tanto em fumantes como em não fumantes. 

Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva.