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quarta-feira, novembro 27, 2024

Diretor usa ônibus escolar em MT para comprar muamba na Bolívia

diretor de uma escola municipal, localizada no Distrito do Limão, em Cáceres, deverá ser afastado do cargo a pedido da Secretaria Municipal de Educação por uma série de supostas irregularidades. Entre as principais delas, como adiantou o secretário da pasta, Josué Valdemir de Alcântara, está a viagem feita pelo diretor usando um ônibus escolar para comprar muamba em San Matias, na Bolívia, país que faz divisa com o município.

Pelo suposto desvio de conduta, o secretário informou que o diretor sofreu advertência. Segundo o secretário, o professor admitiu que utilizou o veículo para a viagem, mas teria alegado que era para comprar mercadorias que seriam ofertadas como prenda na festa junina da instituição. “O veículo deve ser utilizado exclusivamente para transportar alunos e ele, enquanto gestor, jamais poderia usufruí-lo para outra finalidade”, afirmou Alcântara. O pedido de afastamento, porém, será analisado pela Procuradoria-Geral do município.

O resultado de uma auditoria realizada em caráter de urgência pela secretaria, após o recebimento de um abaixo assinado contendo mais de 70 assinaturas, apontou outros erros cometidos pela atual direção da escola, conforme o secretário de Educação. De acordo com ele, os diários escolares não estavam sendo devidamente preenchidos, além do atraso no envio de documentos da escola à pasta.

Josué de Alcântara afirmou ainda que os pais dos alunos pediram o afastamento do diretor, por meio do abaixo-assinado, com o argumento de que ele supostamente não vem cumprindo corretamente a carga horária das aulas. “Eles denunciaram que frequentemente os alunos eram liberados das aulas e que o diretor costumava priorizar festas e comemorações”, declarou.

Além disso, há outros quatro processos investigatórios em andamento contra o diretor. Um deles apura denúncia de uma funcionária da unidade, que trabalha como merendeira, de ameaças e humilhação. Ela contou que teria ficado de castigo dentro de uma sala trancada por determinação do professor. Esse caso também é acompanhado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Fonte:AgoraMT

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