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sexta-feira, novembro 22, 2024

Direita aposta no prestígio de Bolsonaro em confronto contra Pátio

Uma possível união de partidos de centro-direita poderá se concretizar para a disputa do comando da Prefeitura de Rondonópolis em 2020. A possível união do PSL, Podemos, PSDB, PRB, MDB, DEM, PSB e Pros poderá lançar como adversário do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) caso ele tente a reeleição candidatos alinhados com o presidente Bolsonaro (PSL). Neste caso pelo menos três nomes surgiriam em condições de buscar o espólio eleitoral de Bolsonaro: José Medeiros, deputado federal pelo Podemos e ligadíssimo ao presidente em Brasília, o delegado Claudinei, deputado estadual que foi o mais votado em Rondonópolis nas últimas eleições com o apoio do grupo do presidente e Luiz Fernando Homem de Carvalho, o Luizão, que está filiado ao Pros e tem um discurso muito perto da direita e do empresariado local. Os demais do grupo não teriam tantas ligações com o presidente e poderiam ser excluídos do processo, mas não da aliança. Na semana passada, parte deste grupo se reuniu para dar início as conversações sobre uma possível união para a disputa. O foco do grupo é aproveitar a popularidade do presidente em Rondonópolis e trazê-la para a disputa para o comando do município e com isso lançar um candidato com mais ligação com Bolsonaro.

Bolsonaro teve na última campanha, no primeiro turno 66.830 votos , o que representou 63,19 % dos votos no município, um número expressivo se levar em consideração a quantidade de candidatos que disputaram o primeiro turno das eleições; Fernando Haddad do PT foi o segundo com 22.538 votos, representando 21,36 % dos votos. Vale destacar que 13 candidatos, incluindo Haddad e Bolsonaro tiveram votos no primeiro turno em Rondonópolis No segundo turno, quando as eleições ficaram com apenas dois representantes, Bolsonaro conseguiu incríveis 68,66% dos votos algo inédito em disputas eleitorais em Rondonópolis envolvendo todos os cargos. Isso representou 74.166 votos, um número de eleitores jamais conquistado em toda a história política do município. O candidato derrotado no segundo turno Fernando Haddad teve 33.847 votos, representando 31,34% dos votos. Apenas a título de comparação, o atual prefeito Zé Carlos do Pátio teve quando eleito, no processo de 2016, teve 39.352 votos. Caso Bolsonaro fosse o adversário de Pátio teria pelo menos 34814 votos a mais, uma verdadeira goleada. Para completar, José Medeiros teve somente em Rondonópolis teve 17.131 votos perdendo apenas para Marildes Ferreira que conquistou 19.194 votos, em terceiro lugar ficou o bolsonarista Nelson Barbudo que 6.190 votos. O candidato mais próximo ao prefeito Zé do Pátio foi Dr.Leonardo o oitavo mais votado com 2.480 votos. Para o cargo de deputado estadual, o mais votado foi o também bolsonarista delegado Claudinenei com 17.176 votos no município.

Grupo planeja começar rotina de reuniões

O prefeito Zé Carlos do Pátio deve ter na oposição um arco de aliança que pode chegar a 11 partidos, pelo menos é isso projeta o grupo. Liderados pelo deputado federal José Medeiros, no sábado passado, na casa do parlamentar, o grupo fez uma reunião onde praticamente consolidou a tese de que a oposição ao atual gestor deve ter candidato único para a disputa.
A ideia é disputar a eleição como se diz no jargão político no mano a mano. Desta forma, a disputa em Rondonópolis, no ano que vem, seria polarizada entre Pátio e o representante da oposição.
Na primeira reunião houve a conversação em torno de nove partidos que teriam dado o aval à proposta. O PSD, que não tem candidato, conta com o prestígio do deputado Nininho para a disputa. Além da sigla, estão no projeto o MDB, que tem o deputado Thiago Silva como pré-candidato, o PSB que tem Ibrahim Zaher como nome à disputa, o Pros do empresário Luiz Homem de Carvalho, o Luizão, o Podemos do deputado Medeiros, o PSL do deputado Claudinei e do empresário Michel Pagno, o PRB do ex-prefeito Adilton Sachetti, o Dem que tem o vereador Thiago Muniz como pré-candidato e o PSDB que já colocou o nome do vereador Rodrigo da Zaeli como pré-candidato.
No entanto, líderes do PSB alegaram que Ibrahim e Mohamed não poderiam falar pelo partido, pois não estão ainda oficialmente filiados a sigla. O PSB, inclusive planeja conversar com o prefeito Zé do Pátio. O PSL, por outro lado, disse que não conversou com o grupo.
Na próxima reunião do grupo deverão ser chamados os pré-candidatos do Cidadania, Ubaldo de Barros, que é vice-prefeito e tem promovido críticas constantes ao prefeito e o o pré-candidato do DC, Cláudio Paisagista. Caso os dois aceitem o convite de entrar no grupo, a chapa poderá contar com 11 partidos, segundo os lideres do movimento.
O prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) tem em seu grupo, além do Solidariedade, o PRTB, o PTB e o PP.

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