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domingo, novembro 24, 2024

Dilma e Serra dão destaque aos governos Lula e FHC

Em um debate morno realizado nesta quinta-feira (5) na TV Bandeirantes, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se esforçaram para polarizar as eleições presidenciais, mas acabaram dividindo espaço com as frases de efeito do candidato Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Marina Silva (PV) tentou se apresentar como alternativa aos líderes das pesquisas.

Primeiro bloco

Após um começo morno, em que cada candidato falou sobre saúde, educação e segurança pública, Dilma Rousseff e José Serra elevaram o tom a partir de uma pergunta da petista ao tucano sobre o pouco crescimento do Brasil durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Serra disse que não se pode discutir o Brasil "olhando para o retrovisor".
Por sua vez, Dilma disse que é muito confortável que se esqueça o passado. No final do primeiro bloco, Serra criticou os investimentos em infraestrutura no Brasil, afirmando que os portos e aeroportos do Brasil estão saturados. Já Dilma – que, em alguns momentos, se mostrou nervosa, se posicionando de lado para a câmera e gaguejando – afirmou que os dados apresentados por seu adversário sobre portos são de 2006.

Segundo bloco

O segundo bloco começou com Serra no ataque, perguntando a Dilma “por que o governo federal está discriminando as Apaes (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais)”. Dilma disse que “não é muito correto" afirmar que o governo não olha pra essa questão.
Em sua réplica, o tucano disse que o Ministério da Educação “quis proibir as Apaes de ensinar, […] cortou o transporte dessas crianças. As Apaes vem sendo perseguidas”. A petista mais uma vez disse que não podia concordar e que seu eventual governo dará atenção aos excepcionais.
Além desta polêmica, Dilma fez uma pergunta a Marina Silva relativa ao combate ao crack, enquanto Marina Silva perguntou a Plínio de Arruda Sampaio sobre distribuição de renda.

Terceiro bloco

No terceiro bloco, Dilma perguntou a Serra sobre o programa Luz para Todos e sobre a política federal para a indústria naval. Em relação a esta, Serra disse não ter objeções, mas disse que o Luz para Todos era um "prolongamento" do programa Luz no Campo, do governo FHC.
Serra voltou ao ataque, ao cobrar o governo Lula por ter acabado com os mutirões da saúde, realizados pelo tucano quando foi ministro de Fernando Henrique. "Eu não sou contra mutirões. Acho que é só uma medida de urgência. Não pode ser a nossa característica na política de saúde", respondeu Dilma.
Após ouvir Dilma e Serra falarem sobre saúde, Plínio de Arruda Sampaio, foi irônico. "Isso tudo que tem aí é quinquilharia. é solução pela metade", afirmou.

Quarto bloco

Durante o quarto bloco, no qual houve perguntas feitas por jornalistas da Bandeirantes, Dilma e Serra falaram sobre privatizações. O tucano disse que o governo Lula desvalorizou o patrimônio público, enquanto a petista criticou a gestão de FHC por não ter reduzido a dívida pública.
“Com relação ao governo Lula e ao governo FHC, se eles eram tão contra, é um mistério. Porque nada foi reestatizado.”, disse Serra. Por sua vez, Dilma disse que o governo Lula não reestatizou empresas porque não revê contratos. “A gente respeita contrato”, disse ela, que mais tarde chamou de “magia financeira” a “venda do patrimônio público”.
A petista também prometeu redução de juros, enquanto o tucano disse que criará, a exemplo de São Paulo, a "nota fiscal brasileira

Fonte:Redação c/informações do Uol Política

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