No último dia 7 do corrente mês celebrou-se o dia oficial da profissão de jornalista. Foi criadora dessa comemoração a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Foi uma homenagem póstuma a Giovanni Batista Badaró. Essa efeméride foi instituída a 7 de abril de 1931. Essa data comemora também a fundação do ABI, em 1908 por Gustavo Lacerda.
Líbero Badaró foram um médico e jornalista que viveu no Brasil Império e tinha posições que contrariavam a corte. Em 22 de novembro de 1830, em S. Paulo, foi assassinado a mando político. Esse assassinato despertou protestos populares que levaram D. Pedro I a abdicar a 7 de abril de 1831.
O jornalista é o profissional da verdade, tendo por princípio informar dentro cos conceitos da ética e da moralidade. O jornalista informa através dos meios de comunicação, após investigar os fatos informados.
Em 1945, quando me iniciei no jornalismo, o jornalista era repórter, fotógrafo, redator, em algumas ocasiões, ate tipógrafo. Não havia ainda a televisão. Só a imprensa escrita e a radiofônica. À procura da noticias, saia o jornalista levando o seu caderninho para taquigrafar os fatos a relatar e portando também a sua companheira inseparável – a máquina fotográfica. Àquela época o jornalista era um profissional eclético: fazia jornalismo, político, policial e social. Embora pudesse ter propensão para alguma especialidade, escrevia sobre o assunto que a chefia de redação lhe pautasse.
Aos nossos dias, sobretudo depois que as escolas de jornalismo se multiplicaram, ainda existe o jornalista eclético, mas, em função da própria dinâmica dos tempos em que vivemos, a especialização predomina. Assim temos o jornalista político, o policial, o cronista social. Outros há que se dedicam a economia e os que escrevem sobre os mais diversos temas sócio-político-econômicos.
Antes do advento da TV só havia a imprensa falada e a escrita: jornal, revista e rádio. Com a chegada da TV e da internet, hoje temos o jornalista especializado nos mais diversos meios de comunicação: o profissional da mídia escrita, da falada, da televisiva e da mídia virtual
Há que se considerar que o processo de midiatização da sociedade, a chegada do computador e da internet e a cultura cada dia mais participativa são responsáveis por mudanças expressivas no exercício do jornalismo.
"O desaparecimento de uma demarcação mais precisa entre Jornalismo e Assessoria de Imprensa, a fusão mercadológica entre notícia, entretenimento e publicidade, o domínio da informação não mais somente por grupos familiares, mas por grandes conglomerados de mídia, o imediatismo e a instantaneidade das notícias, e o acelerado fluxo de imagens nem sempre colaboram para a formação de alguma consciência crítica sobre uma determinada realidade histórica".
A dinâmica dos tempos modernos exige a construção da notícia por diferentes fatores sociais, fazendo com que o jornalismo seja hoje o grande formador de opinião, capaz de mudar os destinos políticos de uma nação, como veículo de mobilização da opinião pública e de aglutinação das massas escolar, social, operária. Não por nada a imprensa é tida como o quarto poder, depois do executivo, do legislativo e do judiciário.
J. V. Rodrigues
