A taxa de desemprego subiu para 9% em março, maior patamar desde setembro de 2007. O número ficou dentro do esperado por economistas consultados pela agência de informações Reuters (9,1%).
Em fevereiro, a taxa estava em 8,5%; em março do ano passado, em 8,6%. Para abril, sindicatos e economistas preveem melhora no emprego.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e abrangem seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre).
Apesar do aumento em março, o desemprego ainda está longe do recorde, de 13,1%, atingido em abril de 2004. A pesquisa com a atual metodologia se iniciou em 2001.
O total da população desocupada somou 2,1 milhões de pessoas em março, 141 mil a mais que em fevereiro (alta de 7,3%), e 130 mil a mais que em março do ano passado (aumento de 6,7%).
Já a população ocupada estava em 21 milhões em março, 9 mil a mais que em fevereiro e 184 mil a mais mais que em março do ano passado.
O número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em 9,3 milhões, queda de 48 mil pessoas em relação a fevereiro e alta de 229 mil na comparação com março do ano passado.
O rendimento médio real dos trabalhadores totalizou R$ 1.321,40 em março, estável em relação ao mês anterior. Ante março de 2008, o rendimento teve uma alta de 5%.
Além do IBGE, a Fundação Seade e o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) também fazem uma pesquisa mensal de emprego e divulgarão os dados referentes a março no dia 29 de abril.
A pesquisa Seade/Dieese costuma trazer uma taxa maior de desemprego que a do IBGE devido a uma diferença de metodologia.
(Com informações da Reuters)