24.2 C
Rondonópolis
sábado, novembro 23, 2024

Desemprego, o pesadelo do trabalhador brasileiro

O reequilíbrio econômico nacional implantado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, está levando um forte desequilíbrio ao bolso trabalhador brasileiro. Os motivos para a queda do desemprego generalizado no país são inúmeros, dentre eles as mudanças estruturais na política econômica brasileira. Medidas de contenção aplicadas pelo ministro da Fazenda na busca do decantado reequilíbrio fiscal tem divido a opinião dos economistas, e da população brasileira.
Para uns, os cortes nos investimentos dos programas sociais a exemplo do minha casa minha vida, na estrutura da previdência social,e a extensão dos prazos para recebimento do seguro desemprego são fatores urgentes e necessários para que o governo economize milhões, e bilhões de reais. Para outros trata-se de uma política perversa, em que os grandes grupos econômicos ganham muito dinheiro as custas de juros altíssimos sacrificando a classe trabalhadora. Assim as ações do “novo choque” da velha política econômica ortodoxa cai sobre as cabeças de milhões de brasileiros que vêm os seus sonhos se esvair como fumaça.
A estimativa da taxa de desemprego no país conforme dados do IBGE durante o mês de maio de 2014 foi de 5,3%. Já o desemprego no primeiro trimestre de 2015 chegou a 7,9%, a maior taxa desde o primeiro trimestre de 2013, quando foi de 8%. Os dados fazem parte da Pnad (Pesqui9sa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e foram divulgados pelo IBGE logo no início deste mês de maio. Ela leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
Essa foi a primeira vez que o IBGE divulgou os dados completos da Pnad Contínua sobre o mercado de trabalho no Brasil, grandes regiões e unidades da federação. O número de pessoas desempregadas no primeiro trimestre deste ano chegou a 7.934 milhões no primeiro trimestre deste ano, crescendo 23% em comparação com o mesmo período de 2014. Todas as regiões brasileiras registraram aumento no desemprego, tanto na comparação com o trimestre anterior quanto no mesmo período do ano passado. O Nordeste é a região com maior número de desempregados. Já no Centro Oeste com taxa de 7,3% registrou uma variação, tanto no trimestre (1,7 ponto percentual) quanto no ano (1,4 ponto percentual).
Em Rondonópolis essa situação decadente no setor empregatício começou há quatro anos, quando tivemos a fuga física e de capital de duas megas empresas do setor agropecuário. A princípio veio a queda na venda dos serviços básicos, como agrotóxicos, implementos e máquinas agrícolas, e a conseqüente dispensa de funcionários. Nos dias de hoje temos o sonho do pólo têxtil desfeito, a empresa demitiu em massa, enfrenta aindaum processo de recuperação judicial. A Santana Textil chegou no seu auge no ano de 2013.
Já o Superfrigo que atua em Rondonópolis desde 1999 deu aviso prévio para os seus 400 funcionários, e paralisou as suas atividades por tempo indeterminado. Por outro lado houve uma alta na produção estima pela Companhia Nacional de Abastecimento, que é de 4%, ao todo serão colhidos mais de 202 milhões de toneladas de Grãos. O estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos, com uma participação de 23,3% do total nacional, seguido do Paraná com 18,4% e Rio Grande do Sul com 16,2%, que somados representaram 57,9% do total nacional. Em número absolutos o incremento mais significativo entre as safras 2014/2015 ocorreu na produção de soja, que vai superar em 1 milhão de toneladas a safra do ano passado, atingindo 8,4 milhões.
Mas o que nos estranha é que apesar do país e principalmente o Estado de Mato Grosso estarem nesses patamares altíssimos de produção, nos parece que toda essa riqueza não chega para a grande massa da classe trabalhadora . O produto interno bruto aumenta a cada mês e a cada ano, e transparece cada vez mais insuficiente, a população clama urgentemente, por melhor qualidade de vida, saúde, bom transporte e educação. Por outro lado a questão ambiental chama a atenção das autoridades do setor e da população, o grande volume de agrotóxicos, atinge o lençol freático contaminando a água, deixando o solo mais empobrecido. Desta forma fica a nossa indagação corremos o risco de uma Califórnia no Brasil, poderemos no futuro ter uma imensidão de desertos? Na Assembléia Legislativa de Mato Grosso instalou-se recentemente a Comissão Parlamentar de Inquérito para motivar ainda mais as investigações sobre as obras da copa, como vemos as notícias são boas de um lado e complicadoras do outro. Se faz urgente que o governo do estado, e as autoridades constituídas analise toda essa situação, trazendo sim novas indústrias, para que o estado cresça cada vez mais, e de mais oportunidade de emprego aos trabalhadores. Que o governo não entre, e nem se deixe levar pela uníssona onda do pessimismo e da crise. Mato Grosso tem potenciais grandiosos a exemplo do turismo, o estado pode arrecadar muitos milhões de reais com o incremento nas atividades turísticas dentre outras. Assim o Excelentíssimo governador Pedro Taques e seu secretariado estarão ativando os novos tempos para que a sofrida gente mato-grossense, incansável e trabalhadora não tenha mais pesadelos.
Denis Maris.

RELACIONADAS

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

OPINIÃO - FALA CIDADÃO