Mato Grosso tende a ganhar dimensões positivas no cenário nacional e internacional, a partir da aprovação do projeto do Zoneamento Sócio-econômico Ecológico (ZSEE), colocando o Estado numa situação privilegiada, também pelo fato de ser o celeiro do mundo. A afirmação é do deputado Airton Português (PP), que ressalta a necessidade de mudar a imagem negativa “que se formou lá fora (no exterior)”, no que diz respeito a questões ambientais. “É Mato Grosso que acaba com a fome de boa parte do mundo, precisamos destacar a nossa linha de produção, o desenvolvimento do Estado e a grande preocupação da sociedade como um todo com o meio ambiente”, ressalta.
A preocupação em mudar esse cenário se deve ao fato de Mato Grosso, constantemente, ter espaço na mídia, mas apenas em aspectos negativos. Segundo Português a situação pode e deve mudar. O parlamentar ressalta que, as audiências públicas do ZSEE que vêm ocorrendo em todas as regiões do Estado já figuram como reflexo das mudanças que estão por vir, pois todos os segmentos têm participado ativamente com idéias, amplas sugestões e reivindicações do que pode melhorar no projeto original do zoneamento, adequando-o à realidade de cada região, em conformidade com os biomas de cada uma delas.
Português, que é membro titular da Comissão Especial do Zoneamento, defende algumas alterações no projeto original sob a legação de que, a cada reunião (audiência pública) que acontece, a própria comunidade se encarrega de apontar diretrizes que trarão melhores condições e resultados positivos ao bioma local e, segundo o parlamentar, ninguém melhor do que os moradores de cada área, para apontar as deficiências que são obrigados a conviver na realidade de cada município.
Uma das mudanças citada como exemplo pelo deputado, se refere à comunidade de Morraria, onde determinada parte figura como sendo do município de Cáceres (225 quilômetros de Cuiabá) e outra, como se pertencesse à região de Cuiabá. Destaca que a situação é semelhante à de outros municípios do Estado que tendem a ajustamentos em algumas áreas, bem como a produção agrícola de subsistência que hoje beneficia inúmeras famílias de todo o Estado e, em alguns trechos podem sofrer alterações para ficar em conformidade com estudos técnicos apontados pelo projeto.
Sete audiências em regiões distintas foram realizadas no ano passado. Em 2009 já aconteceram duas, ambas na região Oeste do Estado, uma no dia 14 de março em Cáceres e, a mais recente em Pontes e Lacerda (448 quilômetros de Cuiabá) onde reuniu três mil participantes, entre estudantes universitários e de ensino médio, educadores, membros de sindicatos rurais, parlamentares do Estado, vereadores, prefeitos e demais representantes da sociedade civil e organizada.
“É importante ressaltar que todas as dificuldades apontadas, sejam ecológicas ou na área de produção, passarão por avaliação, estudos e, com grande satisfação dos gestores essas idéias farão parte do relatório final de forma a contemplar todos os segmentos envolvidos no zoneamento, pois a população precisa estar ciente de que o verdadeiro político não deve ficar apenas em gabinetes, mas sim visitando suas bases e buscando melhorias em conformidade”, conclui o parlamentar.AL
