Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) declarou que o governador Pedro Taques (PSDB) avalia um conjunto de medidas para o Estado se sobressair perante a crise econômica e manter dinheiro em caixa para cumprir suas obrigações constitucionais como investimentos em educação, saúde, segurança pública e ainda assegurar o Reajuste Geral Anual (RGA) dos servidores públicos. Uma das metas é convocar os p oderes constituídos a adotar medidas de contenção de despesas, o que engloba órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Justiça (TJ) e TCE (Tribunal de Contas do Estado).
“Todos estão sendo convocados para cumprir com a cota do sacrifício. Os servidores públicos terão que abrir mão momentaneamente da reposição inflacionária, os poderes deverão cortar suas gorduras e o Executivo enfrentar a ilha de privilégios que existe na máquina pública. A União será cobrada para contribuir com o Estado aquilo que lhe é de direito”, disse.
Na avaliação do parlamentar, se não forem tomadas essas medidas, Mato Grosso enfrentará um quadro de crise econômica refletida na incapacidade de realizar investimentos e cumprir com despesas inerentes a máquina pública. “A economia nacional vai muito mal e tem impacto direto nos Estados com baixa de arrecadação. Ou se toma medidas drásticas agora ou pagaremos uma conta mais severa”, observa.
A proposta de discutir o duodécimo dos poderes constituídos, no entanto, enfrenta resistência de outros parlamentares, como o deputado estadual Mauro Savi (PSB) que classificou de “loucura” a inserção deste debate no cenário político. “Também me chamaram de louco quando disse que iria lançar a Avenida das Torres, pagar salário em dia na prefeitura de Cuiabá e colocar 5 mil jovens carentes na Universidade Pública com o Bolsa Universitária”, disse Wilson Santos se referindo as ações enquanto prefeito de Cuiabá.
Em relação à taxação de commodities, o parlamentar informou que planeja concluir os estudos técnicos e encerrar o debate com o setor produtivo até o final de julho. Só após um amplo consenso o projeto será submetido a aprovação na Assembleia Legislativa. “Não deveremos mexer no percentual de exportação e também não faremos a compensação tributária via ICMS. Nas próximas semanas fecharemos o entendimento e até o final de julho eu espero ter essa proposta fechada. Até o momento, o que se avizinha é um novo fundo para cuidar da educação, saúde e segurança e contemplar um quarto setor que seria o de transportes”.
Fonte:FolhaMax.