Quem escuta o nome Benedito de Jesus Leite não deve imaginar quem seja. Mas quando se fala em Denis Maris, uma parcela considerável da população de Rondonópolis sabe quem é o que significa para cidade e região.
Nascido Benedito de Jesus Leite em Carapicuíba na região metropolitana da capital paulista, virou Denis Maris assim que gravou o seu primeiro disco. A mudança de nome foi sugerida por um amigo japonês, que apostava na sonoridade do nome artístico. Depois disso, Denis passou pelo Paraná, viveu um drama pessoal com morte da primeira esposa, e se tornou um dos respeitados nomes de imprensa local. Denis é pai de quatro filhos que lhe deixam muito orgulhoso Vanessa, Priscilla, Mara e Ramser.
Jornal Folha Regional: Denis, como começou a sua carreira na imprensa?
DENIS: É uma história longa, era bancário em Osasco, mas era também músico, fiz um curso de comunicação e influenciado por uma prima que havia trabalhado com o Silvio Santos, acabei indo para o rádio. Trabalhei no interior do Paraná , em Ibaiti e lá fiz o programa Show da Manhã no rádio, mas devido a uma questão de política acabei sendo obrigado a sair.
JFR: Como veio para Rondonópolis?
DENIS: Então, vim por meio de um primo, e aqui chegando conheci o Gilson Lira (ex-atleta profissional de futebol e radialista), que na época era diretor da Rádio Juventude, ele me disse assim: “se você for aventureiro, pode ir embora, mas se estiver disposto a fazer um trabalho sério, aqui tem espaço para você”. Outra pessoa que me ajudou muito neste período, foi o maestro Marinho Franco, que me recebeu com muito respeito Acabei ficando na Juventude, como noticiarista, e depois na FM.
JFR: Você sempre foi um admirador do Clóvis Roberto?
DENIS: Sim, de repente, o Clóvis que era um grande nome de imprensa de Rondonópolis, me convida para ir para Rádio Clube, para fazer o noticiário e participar do programa dele. Confesso que fiquei assustado com o convite, mas fizemos um bom trabalho e uma grande parceria no rádio, era muito bom, aquele tempo em que nós nos comunicávamos com muita naturalidade, fazíamos algo bem descontraído.
JFR: E as artes plásticas como surgiram na sua vida?
DENIS: Tinha feito um curso de desenho, mas meus estudos nas esferas do autoconhecimento na Ordem Rosa Cruz me ajudaram a despertar para as artes plásticas, principalmente sobre a utilização pigmentos de rocha. Participei inclusive do Salão de Artes na cidade de Ourinhos, no interior de São Paulo. Em mais de 20 anos de produção pictórica produzida cerca de 1.600 obras da cromopetrologia, que estão espalhadas pelo Brasil afora e pelo exterior. Também trabalho com poesia, escrevi dois trabalhos literários e estou terminando um terceiro que tem por título “O Mestre Cósmico R.” Mais recentemente produzi um Workshop que é profundamente interativo, tem por título “O Homem Transcontemporâneo a Caminho do Ser” tenho mais de 360 músicas de minha autoria, 3 trabalhos fonográficos gravados, dois em São Paulo e um em Rondonópolis.
JFR: Quais os seus projetos para o futuro?
DENIS: Além de continuar militando na imprensa, tenho uma proposta para desenvolver no youtube, um programa sobre o que eu classifico como nova seresta, onde farei uma releitura de estilo com uma visão mais moderna.
JFR: Voce gostaria de fazer algum agradecimento especial à alguém?
DENIS: Agradeço por este espaço concedido pelo diretor e amigo Evandro, a você Lucas é sempre uma honra estar na sua presença e muito especialmente ser entrevistado por você. Agradeço ao diagramador do Folha nobre amigo Sidney que nos ensina com paciência, a amiga Eliane e o jovem Joabe. Agradeço aos meus familiares, a sociedade rondonopolitana que sempre me apoio em meus projetos culturais, aos meus amigos Carlos Souza e J. Moura por terem me ajudado nos momentos mais difíceis da minha vida.