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domingo, novembro 24, 2024

Crise econômica prejudicará exportações em 2009

A crise internacional econômica e de créditos manterá os mercados mundiais de lácteos pressionados na maior parte de 2009, mas em 2010 a demanda deverá aumentar.
Neste meio tempo, os fornecedores dos Estados Unidos deverão redobrar os esforços para focar em serviços aos clientes e suprir as especificações dos produtos.
Estas previsões e recomendações fazem parte de um painel de discussões sobre "Previsões Globais de Lácteos" em um seminário transmitido pela internet em 18 de novembro pelo Conselho de Exportações de Lácteos dos EUA (U.S. Dairy Export Council – USDEC).
Segundo o vice-presidente de mercados de exportações de ingredientes e assuntos relacionados à indústria do USDEC, Matt McKnight, "primeiro, vimos os consumidores desacelerando os gastos neste ano devido à forte inflação. Como resultado, os estoques aumentaram. Então, os créditos congelaram, dificultando que as companhias financiassem os estoques existentes e também novas compras, de forma que as compras caíram dramaticamente".
"A recuperação na demanda por lácteos dependerá do período de tempo e da profundidade da recessão global. Porém, as tendências estruturais ainda estão intactas: crescimento populacional, ocidentalização e urbanização continuarão direcionando o consumo global de lácteos".
Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Brasil e União Européia (UE) deverão aumentar as exportações de lácteos no próximo ano à medida que a produção aumenta, disse o vice-presidente de vendas de queijos e administração de risco da T.C. Jabocy & Co., Ted Jacoby III.
Quando as ofertas são grandes, como acontece agora, a Nova Zelândia deverá agir de forma agressiva e reduzir os preços por que não tem escolha, já que o produto precisa ser vendido. Os EUA, por outro lado, tem um mercado doméstico muito maior e mecanismos em execução (tanto governamental como comercial) para manter estoques em períodos de excessos, disse Jacoby. Neste ambiente, as exportações de lácteos dos EUA deverão declinar em 2009 – "em cerca de 25% a 35%", disse ele.
Por outro lado, Jacoby disse que os compradores não querem acabar com as relações com os fornecedores dos EUA porque sabem que dentro de um ano ou dois precisarão do produto norte-americano novamente. "As exportações dos EUA em 2010 poderão facilmente retornar aos níveis de 2008". Apesar de as exportações de commodities dos EUA deverem baixar em 2009, as exportações de produtos de valor agregado deverão continuar, disseram os participantes do seminário.
Portal do Agronegócio

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