POLÍTICA

Lúdio quer cassar Taques e acusa adversário de compra de votos

A assessoria Jurídica da coligação ‘Amor a Nossa Gente’, encabeçada pelo petista Lúdio Cabral, deve entrar nos próximos dias com um pedido de cassação dos registros de candidatura de Pedro Taques (PDT), que concorre ao governo, e Adriana Vandoni (PDT), que busca uma cadeira na Assembleia Legislativa. A coligação de Lúdio acusa os dois pedetistas de abuso de poder econômico e compra de votos, em função de um evento com distribuição gratuita de comida e bebida no posto do empresário Aldo Locatelli, saída de Cuiabá. No local, foram encontrados materiais de campanha dos dois candidatos, mas nenhum deles esteve presente.

Sob coordenação do advogado José do Patrocínio, o jurídico da campanha de Lúdio informou que a banca de advogados está trabalhando com atenção especial na elaboração de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Hoje, o foco está na juntada de documentos que podem ser relacionados como provas no processo.

A equipe de Lúdio acompanhou, fotografou e filmou toda a ação. Ao cumprir uma liminar para verificação de denúncia de adesivos irregulares na frota de caminhões de Aldo Locatelli, no posto na saída da cidade, na BR-364, um oficial de justiça do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) constatou a realização do evento.

Em nota, Locatelli explicou que o evento é uma tradição nos seus postos de gasolina em Mato Grosso e mais dois estados, que acontecem simultaneamente na terceira quarta-feira de todo mês. Ele confirmou que distribui bebidas e comidas, porém afirmou que nunca usou a "Churrascada", como ficou conhecida a festa, para pedir votos. Aldo Locatelli é amigo e um dos principais apoiadores de Pedro Taques.

A defesa do senador, que tem a frente o experiente advogado Paulo Taques, ao ser questionada sobre as acusações de Lúdio, preferiu esperar o oficialização da ação para fazer a defesa do candidato ao governo, porém, adiantou que os indícios apontam para uma 'armação' contra o senador Pedro Taques.

A cautela dos advogados de Lúdio, no entanto, sinaliza para uma longa briga jurídica, que certamente não será decidida antes da eleição, que ocorre no dia 5 de outubro. Avaliando pelo histórico de ações semelhantes no estado, o eleitor pode ficar muito tempo sem uma resposta oficial sobre a verdade dos fatos na ótica técnica do TRE.

TRE não vê provas de crime

A assessoria de imprensa do TRE, por sua vez, informou que não foi realizado qualquer tipo de apreensão de tickets de combustível ou identificação de crime eleitoral no posto. Esclarece que a única coisa feita pelo oficial de Justiça foi a retirada de adesivos de 30 caminhões que estavam com erros técnicos, como falta do CNPJ da coligação Coragem e Atitude pra Mudar.

Da Redação com OD

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