CDL defende que Vivo não negative clientes sem serviços

A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL) Eliane Queiroga defendeu durante reuniões recentes com a diretora institucional da Vivo no Centro Oeste, Alessandra Lugato, que não negative os clientes que estão deixando de pagar a conta porque não possuem o serviço. Segundo ele, a negativação pela falta de pagamento da conta gera um efeito cascata porque impede que esses clientes comprem no comércio. As reuniões aconteceram respectivamente na Prefeitura e no Ministério Público Federal.
Os clientes da operadora Vivo sofrem com problemas de falta de serviço da empresa há meses. Os celulares Vivo ou não fazem ligações ou as ligações são interrompidas com frequência, sendo que dificilmente alguém consegue terminar uma conversa sem ligar duas ou três vezes para a mesma pessoa. O problema também ocorre com a internet. Devido a reclamações, o Procon da cidade acionou a Vivo que mandou uma representante para se inteirar dos problemas.
“Temos o problema com a operadora que vende o serviço e não dispõe ao cliente o serviço de vendeu, o cliente que não teve o serviço para de pagar a conta e é negativado e assim não pode mais fazer compras, já que, a maioria das lojas da cidade consulta os cadastros da Serasa e do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e em consequência de um problema de prestação de serviços o comércio está sofrendo, porque o efeito é cascata. Estamos pedindo para a operadora não negativar quem deixar de pagar a conta até que o serviço seja restabelecido. Essa conta está sobrando para o comerciante”, explicou Eliane.
A sugestão foi anotada e será levada à empresa pela representante da Vivo e ficou registrada nos órgãos mediadores do problema, Prefeitura e Ministério Público Federal.
Percival também cobra adequações
Em meio ao debate que ocorreu na prefeitura, articulado pelo Procon, o prefeito Percival Muniz propôs a parceria com a empresa para a construção de uma grande antena para melhorar o serviço de cobertura na cidade. O gestor também engrossou o coro de Eliane e pediu que a Vivo não negative usuários que porventura estejam em débito em função das oscilação do serviço.
“A Vivo quer ganhar mais, expandir e o consumidor quer o serviço, acontece que realmente a burocracia trava. Sei da existência de uma série de licenças (são 15) que a empresa tem que obter com o Poder Público para instalar uma antena. Quero afirmar que da nossa parte, no entanto, será tudo facilitado ao máximo, até porque eu sou a favor do desenvolvimento e acredito que a operadora vai encontrar uma maneira de melhorar o serviço”, disse Percival.
A diretora Institucional da Vivo no Centro-oeste, Alessandra Lugato, afirmou que espera a oficialização do Município sobre a situação para que seja verificada a viabilidade dos atendimentos. “Quanto à antena, sempre procuramos definir os locais de instalação depois de criteriosos estudos técnicos, porque temos de suprir as áreas com menor cobertura. Já sobre a questão das cobranças, a Anatel tem uma resolução que dispõe até mesmo sobre o ressarcimento da parte das empresas de telefonia móvel, caso algum usuário tenha pago por um serviço não oferecido”, explicou.
Em relatório, os representantes da empresa informaram que existem 30 antenas (sites) responsáveis pela transmissão de dados e de voz em Rondonópolis. Em justificativa, Luciana argumentou que o rompimento dos cabos de fibras óptica na rodovia é o principal causador do mau sinal na cidade. “Está ocorrendo a duplicação do trecho Rondonópolis/Cuiabá e nós necessitamos dos cabos como rota de transmissão, já que nossa central é na capital. Quando eles são rompidos nosso serviço inevitavelmente ficará comprometido. Mas estamos viabilizando uma nova estrutura, prevista para ser instalada no primeiro semestre do ano que vem, que nos dará um resguardo maior neste sentido”, disse.