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quarta-feira, dezembro 4, 2024

Cortadores de cana-de-açúcar terão piso salarial compatível

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) devem apresentar na próxima terça-feira (17) uma proposta que defende a criação de um piso salarial para cortadores de cana-de-açúcar. Eles vão discutir o assunto com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A Contag, a Unica e a CNA devem criar um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República para debater a proposta. Os Ministérios da Justiça, do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho também devem participar das negociações.

O diretor de Assalariados Rurais da Contag, Antônio Lucas Filho, disse que as negociações estão no início e que os benefícios como plano de saúde também entram na pauta de reivindicações.

De acordo com ele, os cortadores de cana trabalham seis meses por ano e recebem por produção. Em média, os salários são de R$ 700 mensais por uma jornada de 44 horas semanais, mas alguns estados, como Mato Grosso e Goiás, estabeleceram pisos diferenciados.

"Queremos que o governo faça a mediação para termos um piso salarial melhor, com abrangência nacional. Temos que acabar com essa história de alguém negociar pisos muito pequenos.

Por exemplo, Goiás tem um piso de R$ 526, e Mato Grosso, de R$ 478. Como explicar para o trabalhador e à sociedade que o cortador de cana tem o mesmo sofrimento e o salário é diferente? Isso é injusto." Lucas Filho disse que a Contag defende a criação de um certificado para o álcool e o açúcar. Esse certificado identificaria as usinas que proporcionam condições seguras de trabalho aos cortadores de cana-de-açúcar. "Nós temos que colocar critérios que melhorem a vida dos trabalhadores, que garantam mais saúde e segurança. Temos que construir políticas públicas para esses trabalhadores."

A Contag informou que no Brasil tem 800 mil cortadores de cana-de-açúcar que trabalham no plantio, transporte da muda e no corte final nos canaviais.

Agência Brasil

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