POLÍTICA

CPI NA AL Comissão aponta ligação de empresário com tráfico e homicídio

Investigações da CPI da Sonegação e Renuncia Fiscal constataram que vários sócios das empresas investigadas por sonegação, já possuem passagem pela polícia.
Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal divulgaram durante reunião na tarde desta quarta-feira (02), que a maior parte dos sócios das empresas cerealistas que estão sendo investigadas por sonegação de impostos tem passagens pela polícia.
Os fatos foram investigados pela Polícia Civil em parceira com a CPI, onde foi descoberto que os societários além de estarem sonegando impostos, também respondem processos na justiça por crimes como tráfico, roubo, estupro e assassinato.
De acordo com o presidente da CPI, deputado estadual Zé Carlos do Pátio (SD), informações estão sendo levantadas para aprofundar a investigação. “Temos a informação de que outros elementos envolvidos em ações estranhas ao setor empresarial, como roubo e narcotráfico, também comercializam grãos no regime especial. Estamos investigando esses empresários que sonegaram impostos, viviam sob liminar e são laranjas”,
Um dos membros da empresa Folha Verde Comércio de Grãos Ltda, Paulo Bernardo Campos encontra-se atualmente recolhido na Cadeia Pública do Capão Grande em Várzea Grande, investigado por tráfico e acusado de cometer um homicídio, empresa é suspeita de sonegar R$ 101 milhões. Todas as empresas investigadas são favorecidas pelo Regime Especial e atualmente estariam funcionando a base de liminar da Justiça Estadual.
OITIVAS: O empresário Aldevino Aparecido Bissoli já foi convocado duas vezes para depor na CPI e não compareceu. Os membros da CPI aprovaram nova convocação nesta quarta. Caso o oficial de justiça não o encontre e ele não comparecer novamente, ele deve ser convocado coercitivamente, e levado para depor com escolta policial.
A comissão aprovou também durante reunião um requerimento solicitando informações antes de marcar as datas das oitivas das 20 empresas detentoras de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). “Queremos saber porque não cumpriram metas de geração de empregos, aumento de produtividade e ampliação das estruturas físicas”, pontua.

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