O Comandante do 4º Comando Regional de Policiamento Militar de Rondonópolis, coronel PM Everton Mourett completou nesta quarta-feira (26), 21 dias de trabalho à frente do CR-4 (assumiu em 05/10/2016), e diante dos últimos acontecimentos, aproveitou para fazer uma visita de cortesia aos vereadores da Câmara Municipal e junto a seu corpo de oficiais, falar sobre suas estratégias de trabalho para a região.
O oficial começou sua fala na tribuna do legislativo agradecendo a oportunidade de estar na ‘Casa do Povo’ para se apresentar oficialmente à população e aos vereadores, e de quebra, apresentar um breve resumo das últimas ações de policiamento ostensivo preventivo/repressivo que culminaram numa rápida redução dos indicadores de violência e criminalidade na cidade.
O coronel externou a importância do legislativo municipal como instituição importante para se traduzir a forma como ele pensa o policiamento ostensivo preventivo, e aproveitou para falar dos desafios que ele tem para fazer um trabalho qualitativo. “Essa é a fórmula qualitativa e é a nossa perspectiva de trabalho. A gente quer fazer isso; a gente quer fazer dessa forma! Então nós viemos falar de qual será a nossa estratégia e a forma como nós estaremos conduzindo esses profissionais da segurança que colaboram conosco (corpo de oficiais e soldados) para fazer polícia preventiva”, repassou.
Mourett externou ainda que seu primeiro desafio como coronel da PM foi vir para Rondonópolis assumir o comando do CR4. O oficial lembrou que sob seu comando está a preocupação com a segurança de mais de 350 mil habitantes, e que espera estar a altura desse desafio.
Para isso irá adotar estratégias de planejamento estratégico, utilizando-se dos mecanismos de identificação de áreas criticas, e desenvolver ações preventivas de saturação, através da presença ostensiva do policiamento ordinário, bem como, de acompanhamento tático e técnico, e monitoramento da movimentação do crime e da violência, adotando ações especificas para cada situação, sem esquecer as demais áreas da cidade.
Conforme o coronel, “antes de qualquer trabalho é preciso fazer um diagnóstico. Então quando nós chegamos, esse foi o nosso primeiro grande desafio: fazer um diagnóstico da situação. Embora eu já tivesse antes de assumir, recebido informações importantes que me desenhavam o cenário que nós teríamos aqui em relação ao nosso trabalho de segurança pública, em particular o nosso trabalho de prevenção; sabíamos dos desafios, o nosso comandante anterior nos repassou isso, bem como as dificuldades que ele teve. Em cima dessa construção, isso acabou facilitando o nosso trabalho”, explicou.
Conforme Mourett, as informações recebidas foram valiosas na construção/adoção das novas estratégias, apoiadas e reforçadas pelo ingresso dos novos profissionais da segurança alunos/soldados que puderam auxiliar no policiamento nos setores onde as estatísticas internas de análise criminal mostravam a necessidade de ações específicas.
Então, diante das percepções sociais de demandas reprimidas, que apontavam até um certo descontentamento das comunidades em relação ao trabalho da polícia, a Polícia Militar pôde, dialogando com a sociedade, e analisado o trabalho técnico, reorganizar o serviço de polícia ostensiva, trabalhando o policiamento onde ele deveria ser aplicado.
O coronel revelou que em primeiro lugar, a sua estratégia consiste em reconhecer onde há o problema. E isso quem revela são as “análises criminais” (estudos estratégicos dos indicadores de violência e criminalidade). E esses estudos já apontaram que algumas regiões apresentam maior incidência de fatos criminosos e carecem de maior atenção da polícia.
Por conta disso já adotou ‘policiamento ostensivo a pé’ onde precisa, apoiado por viaturas de suporte exclusivas para se fazer a prevenção no centro comercial, por exemplo.
Outra estratégia adotada deverá ser o bloqueio; que está muito mais associado às atividades noturnas, dentro do escopo operacional. Além, da estratégia de saturação, onde os indicadores mostram maiores concentrações e ações criminosas: ou as chamadas zonas quentes representadas por apenas 12 bairros entre os 275 existentes na cidade. Por isso, essas áreas têm recebido atenção diuturna da polícia Militar.
O comandante ressaltou ainda as ‘Ações de Estado’ promovidas pela Secretaria de Segurança Pública, compartilhadas entre as polícias Civil e Militar que resultam em trabalhos mais qualitativos e mais eficientes, e que a sociedade percebe.
Perturbação do sossego
Morett também falou sobre estratégias que irá adotar para fazer enfrentamento às grandes reclamações da sociedade quanto aos chamados casos de abusos de equipamentos sonoros ou a perturbação do sossego público.
O comandante externou ainda que já está se reunindo com outras instituições públicas como a prefeitura (secretaria de meio ambiente), equipes especializadas e com equipamentos específicos em identificar as questões dos níveis de som, para aí sim, quando chegar aos locais onde houver denúncia de abuso sonoro, poder resolver o problema da melhor maneira possível. “Nós sempre vamos optar pelo diálogo! Onde isso não for possível haverá a autuação e a condução se necessário”, finalizou.
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