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domingo, novembro 24, 2024

Consciência negra – não apenas uma data no calendário escolar

Consciência – do latim conscientia – em sua definição mais simples significa simplesmente com conhecimento. Em seu conceito filosófico, no entanto, “é o atributo pelo qual o homem, em relação ao mundo e, posteriormente, em relação aos chamados estados interiores, subjetivos, estabelece aquela distância em que se cria a possibilidade de níveis mais altos de integração” . Em outras palavras, é a faculdade mental que permnite ao homem o julgamento moral dos seus atos, com o conhecimento imediato de sua própria atividade, tanto psiquica, quanto física.
A consciência, portanto, implica no “cumprimento do dever, no senso de responsabilidade, na retidão, na honradez, na probidade”
Enquanto do ponto de vista filosófico a consciência é indivudual, pelo aspecto sociológico é coletiva. Isto é: “o conjunto de representações, de sentimentos ou de tendências não explicáveis pela psicologia do indivíduo, mas pelo fato do agrupamento dos indivíduos em sociedade”.
Postas assas definições de consciência, cabe perguntar: Porque, então, o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA?
É, antes de mais nada, uma data estabelecia informalmente desde a década de 1960,
O oficialização, no entanto, da “Semana da Consciência Negra” data de 9 de janeiro de 2003, pelo projeto de lei 10.639, coincidente com a semana em que ocorre o dia 20 de novembro por ser essa a data em que, históricamente, se registra a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, defendendo o seu povo, defendendo a comunidade que estabelecera no sertão alagoano. Zumbi foi o heroi que por primeiro levantou a voz contr a escravidão e a execração do negro, já no Brasil Colônia e cujo eco, no entanto, só ecoou quase 200 anos após, com a abolição da escravatura em 1888.
Zumbi havia reunido em Palmares (Alagoas) em torno de si um grupo de familias negras, composta por escravos fugitivos, tendo sido essa a primeira comuinidade que passou à história com a denominação de Quilombos e que eram a representação da resistncia ao sistema escravagista, bem como uma forma pela qual foi mantida a cultura africana, com seus costumes, suas crenças religiosas, seu modo de vida.
A oficialzação dessa comemoração se reveste da maior importância do ponto de vista sociológico e histórico, pois que desperta a atenção para a reflexão sobre o que representa a cultura do povo africano na miscigenação das raças, base da formação cultural brasileira, em todos os seus aspectos, políticos, sociais, religiosos, gastronômicos.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, espera-se que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história..
O Dia da Consciênci Negra traz à baila, também, a importância da discussão da “temâtica negra” que se concretiza na inclusão de assuntos ligados ao povo negro, às sua origem africana, na educação formal.
O negro e os de origem negra (os denominados pardos) representam um número bem próximo dos 50% da nossa população, do que resulta a importancia de se “trabalhar a cultura negra” como matéria do curriculo escolar.
J.V. Rodrigues

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