A população do Médio Oriente enfrenta o perigo real de um “conflito devastador em grande escala”, disse neste domingo (14) o secretário-geral da ONU, António Guterres, em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. A agenda foi convocada por Israel para abordar o ataque iraniano na noite de sábado. Guterres chamou atenção ainda para o risco de os civis terem de “suportar o peso e a pagar um preço ainda mais elevado”. Por isso apelou à “máxima contenção”, frisando que “é hora de recuar do abismo”.
“É hora de recuar do abismo. (…) É vital evitar qualquer ação que possa conduzir a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, apelou.
O secretário-geral das Nações Unidas reforçou que a paz e a segurança na região e também em todo o mundo estão sendo minadas. E que não é possível “permitir-se mais guerras”.
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Sem citar nomes, Guterres dirigiu a mensagem ao Irã, que justificou o ataque de sábado como um ato de retaliação ao bombardeio do seu consulado em Damasco. E também a Israel, que neste domingo afirmou se reservar o direito de resposta aos ataques iranianos. Ele reforçou que o Direito internacional proíbe “ações de retaliação que incluem o uso da força”.
No seu pronunciamento perante o corpo diplomático, Guterres insistiu na “responsabilidade comum” da comunidade internacional para evitar uma escalada entre o Irã e Israel, obter um cessar-fogo em Gaza, garantir a libertação dos reféns detidos pelo grupo islâmico Hamas e barrar a deterioração da situação na Cisjordânia.
Participaram da sessão de emergência representantes do Irã, Israel e Síria. A expectativa é que os 15 Estados-membros do Conselho se pronunciem a respeito.
Ao convocar a reunião, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, disse que o Irã representa um “grave perigo para a segurança de todo o mundo” e que este é o momento para deter as “perigosas ambições” iranianas.
A representação israelense exigiu também que o Conselho condene veementemente o ataque e avance com medidas contra o Irã. Isso inclui a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista e a imposição de sanções.
Fonte: RBA_ Rede Brasil Atual