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sexta-feira, novembro 22, 2024

Comunicado declarando apoio a candidatos gera polêmica entre evangélicos

Um comunicado encaminhado ontem (20) aos pastores ligados a Igreja Assembleia de Deus em Mato Grosso está causando polêmica entre os evangélicos e indignação na classe política. O documento é assinado pelo pastor João Agripino de França, presidente da Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Estado de Mato Grosso (Comademat) e indica quatro pré-candidatos que, segundo ele, teriam o apoio da entidade.

A lista traz os nomes do atual deputado Sebastião Rezende (PL), que disputará a reeleição, e também  dos pré-candidatos a deputado federal Victorio Galli (PTB) e Abílio Júnior (PL), além de Cássio Coelho (Patriota), que deve disputar uma vaga ao senado. A informação é que os nomes foram definidos pelos membros da Mesa Diretora da Comademat, mas a reportagem apurou que a decisão não tem o apoio de todos os dirigentes.

Além de não explicitar os critérios adotados para a escolha, o documento não explica os motivos para a não inclusão de lideranças que também integram a Assembleia de Deus ou tem um histórico de serviços dedicados à instituição e aos evangélicos de forma geral.

Ficaram de fora, por exemplo, Camila Silva (PP) que é ex-vereadora por Poconé; Chico Guarnieri (PTB) que é empresário de Barra do Bugres e também o pastor Jackson Messias (PTB) que atua na baixada cuiabana. De Rondonópolis as principais ausências são do ex-candidato a prefeito Cláudio ‘Paisagista’ Ferreira (PTB) e o deputado Thiago Silva (MDB), que também deve disputar a reeleição.

Lideranças da Assembleia de Deus procuradas pela reportagem preferiram não fazer declarações públicas alegando questões disciplinares. Mas, sob condição de anonimato, criticaram a divulgação do documento e informaram que devem contestar o comunicado.

“É uma lista injusta, que não representa o desejo dos fiéis e nem faz justiça àqueles que defendem nossa igreja e nossos valores”, afirmou um conhecido membro da IEAD em Rondonópolis.

A expectativa é de que o diálogo interno conduza a uma lista mais ampla, que pode ser divulgada após a homologação das candidaturas pelas convenções partidárias. Caso isso não ocorra, a situação pode causar um racha interno e fragilizar o grupo do atual presidente da Comademat .

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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