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sexta-feira, novembro 22, 2024

Comunicação da campanha de Lula acusa XP Investimentos de crime eleitoral

O deputado Rui Falcão (PT-SP), coordenador de comunicação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa à Presidência da República, pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma apuração por suposto “crime eleitoral” da XP Investimentos. O pedido ocorreu após o cancelamento da última pesquisa eleitoral feita pelo instituto Ipespe.

A empresa optou por não divulgar a última pesquisa após receber ataques e ter recursos retirados de suas contas. Os últimos levantamentos apontavam Lula com ampla vantagem sobre seu adversário político, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ao que tudo indica, o veto à divulgação dos dados teve conotação eleitoreira, possivelmente fruto de abuso de poder político e de ameaças que emergem na seara criminal”, diz o documento enviado à PGR.

Após o cancelamento, a XP Investimentos emitiu uma nota pública negando que tenha desistido de divulgar a pesquisa eleitoral e afirmou que seguirá realizando o levantamento em parceria com o Ipespe, mas sob um novo formato: ao invés de semanalmente, as pesquisas terão periodicidade mensal,

Para o deputado, “Por se tratar de questão eminentemente de interesse público (uma vez que a divulgação de pesquisas eleitorais está inserida dentro da garantia de liberdade de expressão), tais informações prestadas são insuficientes e, principalmente, não elucidam se houve eventual interferência externa e em que grau foi aplicada”.

Rui Falcao pede a apuração de eventuais crimes eleitorais, notadamente abuso de poder político, e inquérito policial para averiguar o cometimento de crimes comuns, como o de constrangimento ilegal. Além de solicitar “a realização de diligências, a oitiva de representantes legais da XP Investimentos, do Ipespe e dos agentes públicos envolvidos, inclusive do presidente da República”.

A petição é assinada pelos advogados Hélio Silveira, Marcelo Andrade, Marco Aurélio de Carvalho, Fabiano Silva dos Santos, Marco Antonio Riechelmann Jr. e Lucas Clemente.

 

Da Redação (com informações do site Congresso em Foco)

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