O oposto do sucesso não é o fracasso, é a desistência. Nossa primeira reflexão é justamente sobre o medo que grande parte dos brasileiros têm de colocar novos projetos em prática por causa do medo de não dar certo, já que 25% das empresas fecham em até dois anos e 50% não resistem ao terceiro ano.
São muitos anseios que muitas vezes guardamos a sete chaves: Você tem um sonho de empreender? Mudar de carreira? Fazer uma viagem internacional? Comprar uma casa? Conciliar qualidade de vida e trabalho, ou maternidade e crescimento profissional? Talvez você queira encontrar um novo amor? Fazer outra faculdade?
Muitos motivos podem nos levar à procrastinação. Muitas vezes desistimos antes de tentar. No quesito carreira, uma pesquisa feita este ano pela Workmonitor da Randstad, empresa de recrutamento e seleção, mostrou que os profissionais brasileiros dão muito mais importância ao trabalho e à estabilidade no emprego que a média global.
Enquanto no Brasil a importância do trabalho na vida é de 95%, a média global chegou a 72%. Já a estabilidade no emprego aparece como importante para 96% dos brasileiros, contra 92% na média global.
Tudo isso em um universo de 35 mil profissionais de 34 países. A primeira reflexão sobre este cenário é justamente compreender o que estamos deixando de fazer por medo de errar.
“É melhor sonhar, fazer e errar do que não ter sonhado, não ter feito e não ter sabido se ia ou não dar certo”. Acredite, você só será capaz de alterar uma realidade tendo uma autoconfiança sólida, só assim você terá disposição para colocar em prática aqueles “projetos” que são sempre adiados. Costumo orientar dois exercícios aos meus alunos:
O que você ousaria sonhar se soubesse que não poderia fracassar? E o que você faria diferente se tivesse absoluta certeza que teria sucesso? Essas duas perguntas devem nos remeter à autoconfiança para fazer diferente. Portanto, o caminho do sucesso passa por identificar os fatores que nos impedem de seguir nosso coração.
Se já conseguiu mapear seus piores medos, vamos traçar um plano de ação. Pratique essa nova habilidade ou comportamento ou hábito nas suas relações pessoais e/ou profissionais e veja como você se sente, afinal, como Walt Disney dizia, “a melhor maneira de iniciar é parar de falar e começar a fazer”.
O comportamento é a forma como as pessoas reagem a determinados estímulos. Normalmente são eles que fortalecem relações e estimulam a conexão. Já o hábito é aquilo que se faz com frequência, pode estar diretamente ligado à qualidade de vida. A habilidade é saber fazer, ou qualidade para realizar um trabalho específico. Toda mudança exige um comportamento, novos hábitos e a prática de habilidades.
É relativamente normal nos acomodarmos se estamos bem. Mas não deveríamos nos acostumar àquilo que não é saudável (relações profissionais, sociais e familiares) ou que nos mantém estagnados e sem crescimento. Que tal se dispor a fazer novos cursos? Observar as tendências de mercado? A fazer uma viagem? Aprender algo novo? Estabelecer uma meta de leitura e adquirir novos conhecimentos?
Faça uma lista das outras habilidades que possam agregar conhecimento na sua área, procure o máximo de informações sobre cada uma delas; vá eliminando aquelas que realmente não lhe interessam tanto; procure se aprofundar nas que restaram, e pesquise o máximo sobre todas as possibilidades; faça quase uma pesquisa de campo até que você chegue à descoberta do que realmente vai lhe trazer mais satisfação.
Ter clareza sobre quem somos, o que queremos e como vamos alcançar, ajuda muito na trajetória de concretizar novos projetos. Mas, também é necessário dispor de habilidades internas para não titubear diante das adversidades.
“Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez”, disse Thomas Edison, que fracassou 10 mil vezes até inventar a lâmpada elétrica. Ele costumava dizer que havia descoberto dez mil jeitos que não funcionam de fazer uma coisa e por isso não se sentia vencido, porque todo erro era mais um passo à frente.