Partidos travam “guerra silenciosa” em busca de lideranças para disputar vaga na Câmara em 2016

Na reta final para a definição de filiações para a disputa eleitoral do ano que vem, o prazo termina em outubro, muitos partidos e lideranças não estão preocupados com a sucessão do prefeito Percival Muniz (PPS) e sim de olho nas cadeiras na Câmara de Vereadores.
Líderes de quase todas as siglas estão travando nos bastidores uma disputa silenciosa em busca de candidatos com votos suficientes para disputar uma cadeira na Câmara ou até mesmo para ajudar a somar legenda para eleger vereadores.
Um exemplo deste perfil que está sendo adotado pelos partidos é o PSL, liderado pelo ex-secretário de desenvolvimento econômico na gestão Zé do Pátio, Valdemir Castilho, o Biliiu.
Ele não esconde de ninguém, nos bastidores, que trabalha forte para que a sigla passe a ter representatividade no Poder Legislativo em 2017 e desta forma deixar o partido forte em Rondonópolis para disputas que virão pela frente. Pensar em cargos no executivo não está nos planos do PSL; mas o partido é coeso em busca de uma cadeira no Legislativo.
Vale destacar que essa busca dos partidos por representatividade começou a ser mais intensa a partir das eleições de 2012, quando o Legislativo de Rondonópolis, passou de 12 para 21 parlamentares. Pré-candidatos com o perfil superior a 500 votos é visto como estratégicos para os partidos.,
O PRB, que na esfera federal, tem participação ativa na Câmara e no Senado, quer também o papel de protagonista em Rondonópolis e liderando pelo secretário de habitação do município, Roberto Carlos Corrêa, promete filiações de peso com foco no processo eleitoral do ano que vem.
Um exemplo de um partido que já na eleição passada mirou em uma chapa em condições de eleger vereadores foi o PSC, que apesar de eleito um vereador, no caso, Elton Mazette, se coligou ao PSDB.
Analistas da política local garantem que se fosse sozinho para aquela disputa o PSC poderia ter eleito ao menos dois parlamentares. Para 2016, lideranças do partido não escondem de ninguém que a ideia é manter a mesma estratégia que deu certo em 2012, focar em nomes para a Câmara e deixar em segundo plano escolher um candidato a prefeito.
Mas não são apenas partidos médios e pequenos que estão de olho nas cadeiras da Câmara. O PMDB, que perdeu alguns candidatos em razão da saída do ex-prefeito Zé do Pátio para o Solidariedade está se articulando nos bastidores e conversando com lideranças de peso para se juntar a Fulô, Cláudio da Farmácia, Adonias e Doutor Manoel que compõe a bancada do partido.
O PSDB que tem o vice-prefeito Rogério Salles também age da mesma forma, a sigla tem conversado com presidente de bairro e até empresários de olho em uma chapa coesa.
O PPS do prefeito Percival Muniz que perdeu o vereador Dico tem trabalhado novos nomes ; inclusive a sigla não descarta lançar secretários da atual gestão como candidatos para tentar aumentar o número de vagas ou manter as atuais. No partido todos concordam que não podem mais perder vereadores.
Por outro lado, o PR que articula lançar candidato ao executivo também conversa com lideranças com o intuito de aumentar a bancada que conta com apenas dois vereadores Olimpio Alvis e Hélio Pichioni. Os republicanos, no entanto, querem crescer mais sem inchar.
A sigla quer evitar erros do passado quando cresceu muito e acabou perdendo lideranças e aumentou o coeficiente de votos para eleger vereadores. Em 2008, o ex-vereador, mesmo conquistando 2527 votos ficou fora da Câmara.
O PSD que hoje tem dois vereadores vai no mesmo caminho, quer aumentar a bancada, apesar de correr risco de perder o vereador Ibraim Zaher, que segundo o noticiário espera por uma janela para poder mudar de partido. Milton Mutum, o outro vereador da sigla, ainda não tem falado em mudar de ares.
O Pros que tem Dico e Marcelo Marques conta com a força do deputado federal Valtenir Pereira para crescer em Rondonópolis.
O PSB também conta com o ex-prefeito e atual deputado federal Adilton Sachetti para reforçar os seus quadros e também garantir presença na Câmara. A sigla, apesar de ter conquistada uma votação expressiva em 2012 ficou foram da Câmara, em razão de ter se coligado com o PDT e PPS.
O secretário de finanças do município, Jamílio Adozino, tem pessoalmente conduzido o processo de filiações da sigla.
No PDT dos vereadores Cadidé e Jailton a estratégia é semelhante, o partido aposta no deputado Zeca Viana e no governador Pedro Taques para fortalecer os vereadores de Rondonópolis no próximo pleito. O problema é que Taques pode deixar a legenda e desta forma a estratégia do partido obrigatoriamente deverá mudar.
O PT, que ficou dois mandatos sem representatividade na Câmara, voltou ao Legislativo em 2013 com Mauro Campos e agora quer manter a atual vaga e , dependendo, dos novos filiados sonhar com uma segunda cadeira. O problema é que a legenda da presidenta Dilma, perdeu um dos seus suplentes mais votados, o mototaxista João Garcia, o João Mototaxi.
O Solidariedade do ex-prefeito Zé do Pátio também está articulando a formação de um bloco forte de candidatos a vereador. A sigla aposta no tradicional grupo de lideranças que há décadas acompanham Pátio na política e sempre teve o respaldo do ex-prefeito e agora deputado estadual.
BRIGA- No entanto, está claro que há lideranças sendo assediada por dois ou até três grupos, o que tem provocado uma verdadeira guerra em busca de pessoas com perfil , vontade e densidade eleitoral para disputar uma cadeira na Câmara.