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domingo, novembro 24, 2024

Comércio trabalha com portas fechadas em MT

A falta de segurança revolta gregos e troianos. Os roubos e furtos se multiplicam, agora um a cada 10 minutos – até o início do ano era um assalto a cada 15 minutos -, obrigando comerciantes, mesmo os donos de lojas de luxo, a trabalharem com as portas fechadas, mesmo que discretamente. Para complicar ainda mais a falta de segurança, um policial revela que as Polícias Civil e Militar não recuperam nada do que é roubado ou furtado, principalmente os veículos, que na realidade são abandonados pelos ladrões.
A morte do assaltante Ali Carlos Figueira, de 22 anos, trouxe à tona a falta de segurança, cada dia mais presente na vida da população de Mato Grosso. Assim como o bandido morreu, outras pessoas inocentes que estavam no local poderiam ter sido atingidas e mortas. Somente o seguimento do ramo de petróleo registrou mais de 100 assaltos na Grande Cuiabá este ano a postos de combustíveis. Fora os casos que não são oficializados, a Polícia ainda registra um roubo eum furto a cada 10 minutos. Por falta de segurança, existem comércios, inclusive de alto luxo que hoje atendem com as portas fechadas.

Mesmo sabendo que podem estar sendo filmados, os bandidos não estão nem aí para o que possa acontecer. Além do dinheiro que estão nos caixas dos postos, os bandidos agora também visam os clientes que estão nas lojas de conveniência, geralmente freqüentadas por pessoas de classe média alta.
Segundo dados do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) no ano de 2009, 76% dos postos de combustíveis da Grande Cuiabá foram roubados ou furtados. Ainda segundo o mesmo Sindicato, 42 postos de 50 postos pesquisados, foram vítimas de assaltos à mão armada somente no primeiro semestre deste ano em Cuiabá e Várzea Grande.

“Fomos assaltados seis vezes em menos de quatro meses no ano passado e não tive outro jeito que não fosse trabalhar com as portas fechadas, mesmo que discretamente”, disse a gerente de uma das lojas.
“Não temos segurança. Aliás, pelo que eu tenho apurado nestas minhas andanças pela Polícia nos últimos anos em busca de segurança, o governo destruiu, principalmente a Polícia Civil. Tudo não passa de fachada. O governo está contratando este ano menos de 100 policiais civis. Acontece que no ano passado, mais de 200 foram aposentados ou morreram”, destaca uma comerciante que teve a loja assaltada mais de dez vezes nos últimos meses.

Revoltada com a falta de segurança, a mesma comerciante detonou: “Sem contar, que pelo que li, a Polícia Civil vai perder mais de 70% de seus policiais até o final do ano. E o que é pior, enquanto os bandidos estão de carros potentes, nossos policiais estão atrás deles de Gol mil. Isso é um absurdo. Mesmo assim as propagandas enganosas só falam que a segurança está as mil maravilhas”.
Os assaltos também são constantes a drogarias espalhadas pela área central e pela periferia de Cuiabá e Várzea Grande. Muitas delas já foram assaltadas mais de 15 vezes. Outras tiveram que fechar as portas por causa de tantos assaltos.

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