A atividade comercial está ligada à própria historia da humanidade. Já na época das cavernas o ser humano se dividia entre aqueles que exploravam a terra para dela tirar o seu sustento, aquele que se deslocavam de um lado a outro aqui e ali deixando pequenas castas: eram os nômades e aqueles se dedicavam à caça. E nesse contexto já existia a troca entre eles dos produtos necessários à subsistência. Aí nascia o comércio.
A primeira moeda não foi de metal, como hoje se conhece. Antes desta, usou-se o sal como referência de valor. Depois as conchas, até chegar à moeda que conhecemos, no tempo dos fenícios. Posteriormente, já na civilização egípcia encontra-se o uso da moeda como instrumento de troca, o que caracterizava a comercialização.
Os grandes navegadores – os persas, os fenícios – e já na idade média s europeus eram nada mais do que comerciantes que trocavam entre si os produtos de suas excursões. E assim através da história, onde quer que se tenha estabelecido um núcleo humano, uma comunidade, aí nasceu e floresceu um comércio. Assim, a figura do comerciante está ligada a toda a evolução da humanidade. Com o aparecimento das chamadas Grandes Civilizações – Egípcia, Grega e Romana, principalmente, surgiram cidades e toda a estrutura típica de uma grande metrópole, como lojas, armazéns, padarias, etc. Surgiram também necessidades mais sofisticadas, requeridas pelas classes dominantes em cada cultura, como os Faraós, suas famílias e sacerdotes,no Egito; os Imperadores, Senadores e senhores do poder, na Grécia e em Roma.
Iniciou-se então um forte intercâmbio de mercadorias entre as várias partes do velho mundo e a Ásia, especialmente o Egito. Todas as mercadorias eram transportadas por caravanas ou por povos navegadores como os Fenícios. Podemos considerar estes como os primeiros vendedores de fato, comprando e vendendo mercadorias de um lado para o outro.
O comércio entre os povos, ou na forma de troca de mercadorias (escambo) ou envolvendo produtos considerados valiosos, como metais e pedras preciosas, se iniciou ao mesmo tempo que a formação da sociedade. No início tinha como objetivo satisfazer a necessidade de sobrevivência e cujo fundamento era uma relação de troca.
O que sobrava a um era trocado pelo que lhe faltava e sobrava a outro. As trocas também se davam somente no nível familiar e não havia uma organização formal para sua efetivação. Com a formação das vilas e povoados, foram aparecendo as feiras e os mercados como uma forma mais formal de comércio, mas que ainda era personalizada pelos próprios produtores que iam trocar as mercadorias que produziam.
A atividade comercial chegou ao Brasil com os primeiros colonizadores que, para satisfazer suas próprias necessidades de subsistência comercializavam produtos oriundos da Europa. Mas logo estavam os comerciantes desenvolvendo suas atividades também com os nativos que lhe forneciam os produtos da terra para alimentação em troca de tecidos, utensílios domésticos, perfumes e quinquilharias.
Se evocarmos a história rondonopolitana, vamos encontrar o pioneiro do comércio na pessoa de Moisés Cury que já nos anos 40, em seu estabelecimento à margem do Rio Vermelho, ali onde hoje está o cais, oferecia à venda um sortimento completo que ia de secos e molhados a tecidos, passando por perfumaria, calçados materiais escolares e de construção, até medicamentos de uso popular.
Posteriormente, nos anos 50, por aqui chegava João Antônio Fagundes, o popular João Baiano, como é lembrado ainda aos nossos e que se estabeleceu com a “Casa Fagundes” que funcionou até os anos 80 e que era referência na cidade recém emancipada. A memória de João Baiano foi perpetuada pelos seus descendentes ainda hoje figuras representativas do comércio rondonopolitano.
Rondonópolis, tem na atividade comercial um dos esteios de sustentação do seu desenvolvimento, com um comércio dos mais diversificados, o que a coloca em lugar de destaque no panorama estadual e, porque não dizer, nacional, e que, ao lado do desenvolvimento industrial, assegura-lhe um PIB per capta dos mais altos, superior à média nacional.
Assim ao ensejo da comemoração do Dia do Comerciante que é celebrada hoje (16) nós da Folha Regional e do regionalmt.com.br, também integrada ao comércio de Rondonópolis a quem preta relevante serviço como órgão de divulgação publicitária, rendemos a todos os comerciantes dessa cidade e,em especial aos nossos clientes, um tributo da mais expressiva homenagem.
J.V.Rodrigues