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quinta-feira, novembro 21, 2024

Com tempo para os acertos e sem tempo para erros

O presidente Lula completou na semana que passou a marca de 100 dias de governo. Para a classe política a data é simbólica, e muitos colocam esse período como fundamental para analisar os rumos e destinos do governo. Para uma parte dos analistas, os 100 dias de governo é o mote para saber como vai ser o restante. Em tese, por essa análise, se um governo começa mal, ele vai terminar mal e se começar bem, vai terminar bem. Esse tipo de análise, tomar base 100 dias para definir, o que virá pela frente é rasa, ainda mais para um governo foi oposição ao antecessor. Se fosse, um projeto de continuidade poderia até fazer algum sentido, analisar o que vem pela frente com base em apenas 100 dias.

E mais ou menos dizer que o time que ganha o primeiro turno do campeonato nacional será declarado campeão no final da competição. Sabemos que isso pode ocorrer, mas sabemos também que o time campeão do primeiro turno pode sofrer uma sucessão de derrotas e acabar rebaixado. Na verdade, os primeiros 100 dias de governo servem mais para organizar os serviços, cargos e nomeações e ver o que realmente deu certo e o que poderia o teria dado errado no processo de transição. Em caso de governos ideologicamente diferentes, o período de 100 dias, pode ser considerado pequeno para uma avaliação mais consistente do que vem ou virá pela frente. O motivo é simples; como há muitas diferenças entre os governos, fica praticamente impossível fazer uma avaliação mais precisa.

Lula ainda não conseguiu colocar totalmente em prática o seu projeto de governo, ainda não terminou, por exemplo, as nomeações nos segundos e terceiros escalões por exemplo. Ainda será preciso aprovar algumas propostas, para enfim o governo começar. No entanto, vale ressaltar que todo e qualquer gestor deve ser avaliado e acompanhado deste o primeiro dia em que senta na cadeira e começa a executar os projetos e planos de gestão. Por exemplo, o fato das coisas ainda estarem no começo, não nos deixar passar batidos erros e casos de corrupção, não somente desse governo, como nos anteriores. É preciso dar tempo para os acertos, mas não podemos e nem devemos deixar os erros passarem em branco. O erro não merece tempo, pois sempre será preciso corrigir um erro com urgência, dar tempo ao erro é quase que uma sentença de morte. Portanto, o momento é de corrigir os erros e dar tempo para os acertos se concretizarem, é isso que esperamos nos próximos dias desse governo. Vamos aguardar para ver.

Da Redação 

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