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Equipe da Saúde vai realizar arrastão nas regiões com maior índice de infestação do mosquito da dengue

As ações de combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças vetoriais, vão ser intensificadas em Rondonópolis, neste fim de ano. Edgar Prates – gerente do Departamento de Saúde Coletiva do Município – solicitou apoio, inclusive do Ministério Público, para conseguir eliminar criadouros nas regiões mais críticas da cidade, como a da Vila Aurora que possui casas fechadas e com piscinas abandonadas.

A proposta foi apresentada ao Comitê de Mobilização de Combate às Doenças Vetoriais, durante a terceira reunião do ano, realizada na tarde desta segunda-feira (14), no auditório da Secretaria de Saúde do Município. Logo em seguida, Edgar Prates participou de audiência com a promotora Joana Ninis. O interesse é obter autorização para abrir as casas fechadas e fazer as ações de combate ao mosquito.

Edgar Prates explica que a ação vai contar com a ajuda do Grupo de Apoio à Segurança Pública – Gasp e depende da contratação de um chaveiro para abrir os imóveis e depois fechá-los, diante de autoridades policiais. A meta é eleger as duas regiões mais críticas e escalar um grupo de cerca de 150 pessoas para participar do arrastão. A equipe vai contar com agentes de endemias, agentes comunitários e de controle químico, além de pessoas ligadas às 24 entidades que integram o Comitê.

Na reunião com o Comitê, Edgar Prates apresentou o levantamento com relação a incidência das doenças vetoriais em 2015 e discutiu também as ações para o primeiro trimestre de 2016. No período de janeiro até a última sexta-feira (11), foram registradas 1.990 notificações de suspeitas da dengue, sendo 406 casos confirmados. Foram feitas coletas de amostras para investigar 28 suspeitas do zika vírus e dois casos confirmados. Os pacientes são uma criança e um homem adulto. Até agora não existe nenhuma relação de contaminação do zika vírus com a microcefalia.

Edgar Prates aproveitou o encontro com os membros do Comitê para divulgar também o resultado da ação de combate ao mosquito aedes aegypti, realizada no dia 24 de novembro, nas borracharias da cidade. A gerente Janaína Estolano conta que a equipe da Vigilância Sanitária fiscalizou 40 locais entre borracharias, depósitos de sucatas e de entulhos. Desse total, 29 foram considerados situações mais graves de infestação e 66% dos casos foram solucionados após a visita dos fiscais.

João Fernando – responsável pelo Departamento de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente do Município, afirma que obteve resultados parecidos com os da Vigilância Sanitária. A maior incidência de casos de dengue neste ano foi registrada na região da Sagrada Família. O mapeamento feito pelo georreferenciamento mostra que a doença atingiu 21 pessoas. Os casos de zika confirmados são de moradores do Pindorama e Jardim Paulista.

A preocupação da secretária Marildes Ferreira e Edgar Prates é manter o setor público preparado para lidar com a situação da doença no fim do ano, quando a cidade recebe visitantes vindos de diversas regiões do país. “Durante as festas de fim de ano a cidade recebe muita gente vinda de fora. Poderemos receber pessoas das regiões mais atingidas pela dengue. Por isso, temos de nos preparar para isso”, afirma Prates.

Representantes de diversas entidades participaram da reunião do Comitê. O encontro contou com a presença de funcionários do Escritório Regional de Saúde e representantes da UFMT, Santa Casa, Diocese de Rondonópolis, Defesa Civil e Semma.

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